Após mais de três anos foragido, mentor da Barbárie de Queimadas é preso no RJ
O mentor da Bárbarie de Queimadas foi preso na manhã desta terça-feira (19), em Rio das Ostras, no Rio de Janeiro. Ele estava foragido desde 17 de novembro de 2020, quando fugiu da Penitenciária de Segurança Máxima de João Pessoa (PB1) após um policial penal esquecer um molho de chaves próximo ao local de trabalho do detento.
Na época, ele cumpria a pena de 108 anos de dois meses de prisão, respondendo pelos homicídios das paraibanas Izabella Pajuçara e Michelle Domingos, cinco estupros, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores, crime de lesão corporal e porte ilegal de arma.
Segundo informações do g1 Paraíba, o homem foi encontrado na casa alugada onde morava e estava sozinho no momento da prisão. Nos últimos anos, ele usou o documento falso de um idoso de 62 anos e chegou a contar com ajuda financeira de familiares e de um grupo criminoso para se esconder das autoridades.
O delegado-geral da Polícia Civil da Paraíba, André Rabelo, destacou em entrevista coletiva que ele fugiu para o Rio de Janeiro por ter uma vida pregressa no estado. O pai do criminoso, inclusive, mora e trabalha na capital carioca.
Rabelo ainda destacou que o grupo criminoso que financiava parte do estilo de vida do criminoso em Rio das Ostras parou de auxiliá-lo pouco depois da veiculação do episódio sobre o crime no programa Linha Direta, no primeiro semestre de 2023 – o que ajudou no processo de rastreamento do dinheiro que chegava até o mentor do crime e, consequentemente, na prisão do criminoso.
Relembre o caso
Crime que chocou o País, a Barbárie de Queimadas ocorreu em uma residência na cidade de Queimadas, Região Metropolitana de Campina Grande (PB) em 12 de fevereiro de 2012. Durante uma festa de aniversário, um grupo de homens mascarados invadiu a casa e estuprou brutalmente as cinco mulheres que estavam no local.
Duas delas – a professora Izabella Pajuçara, de 27 anos, e a recepcionista Michelle Domingos, de 29 – foram mortas após descobrirem que os estupradores eram, na verdade, homens que elas consideravam amigos e que estavam com elas no local pouco antes do crime.
Após a investigação, o Ministério Público da Paraíba constatou que ele foi o mentor do crime, e que ele teria planejado o estupro coletivo como um “presente” para o irmão, que também estava no local.
Além dele, outros seis homens foram considerados culpados e presos, e três adolescentes foram sentenciados a cumprir medidas socioeducativas.