Prefeito de Maceió solicita audiência com o presidente Lula após rompimento de mina

Por Secom Maceió 11/12/2023 13h01
Por Secom Maceió 11/12/2023 13h01
Prefeito de Maceió solicita audiência com o presidente Lula após rompimento de mina
JHC pede reunião com presidente Lula - Foto: Itawi Albuquerque / Secom Maceió

O prefeito de Maceió, JHC, solicitou, nesta segunda-feira (11), audiência com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com o objetivo de tratar sobre os últimos acontecimentos relativos ao rompimento da mina 18 da Braskem, ocorrido no domingo (10), e seus impactos para a cidade.

Um dos temas que deverão ser abordados é o déficit habitacional de aproximadamente 40 mil pessoas em Maceió, ampliado pelo afundamento de solo, processo que iniciou em 2018. Desde então, cerca de 60 mil pessoas precisaram ser realocadas.

Entenda a situação - Após a Defesa Civil de Maceió alertar sobre o colapso iminente da mina 18, da Braskem, no Mutange, cerca de 23 famílias tiveram que ser retiradas das casas que estão localizadas na área de risco. A Justiça Federal, inclusive, autorizou o uso de força policial, caso os moradores recusassem a sair. O caso é um desdobramento dos tremores de terra que começaram a ser sentidos pela população do Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto e parte do Farol em março de 2018, causados pela mineração de sal-gema feita pela Braskem desde a década de 70 naquela região, conforme apontou o Serviço Geológico do Brasil.

A Prefeitura de Maceió desocupou seis escolas em diferentes bairros da capital para torná-las abrigos temporários aos moradores e também decretou estado de emergência na capital por 180 dias. No domingo, 10 de dezembro, parte da mina 18 sofreu rompimento às margens da laguna Mundaú.

O presidente da Braskem, Roberto Bischoff, afirmou na segunda-feira, 4 de dezembro, que nos últimos quatro anos foram realocadas 40 mil pessoas - a estimativa dos órgãos é que o número seja de quase 60 mil - em 14,5 mil imóveis e mais de 97% das propostas de indenização foram aceitas e pagas por meio do Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação (PCF). O comentário foi feito ao Estadão durante o 28º Encontro Anual da Indústria Química (Enaiq), evento tradicional do setor químico promovido pela Associação Brasileira de Indústrias Química (Abiquim).

A Justiça Federal determinou, na manhã da quinta-feira, 30 de novembro, que a Braskem adote providências em relação ao novo mapa elaborado pela Defesa Civil Municipal, que inclui no PCF novos imóveis localizados no Bom Parto. A mineradora comunicou aos acionistas e ao mercado que o valor atribuído à causa pelos autores da ação é de R$ 1 bilhão.