Ex-ASA e Corinthians Alagoano, Wanderley Paiva morre aos 77 anos
Morreu na noite da última segunda-feira o ex-volante Wanderley Paiva, aos 77 anos. Ele lutava contra um câncer de próstata. O ex-jogador e treinador é ídolo de clubes como Ponte Preta e Atlético-MG. Já como técnico, em 2008 e 2009, somou rápidas passagens por ASA e Corinthians Alagoano.
Segundo jogador que mais vestiu a camisa do Atlético-MG, com 559 jogos, atrás do goleiro João Leite, com 684, Paiva fez parte do grupo campeão brasileiro em 1971 pelo Galo e também foi ídolo na Ponte Preta.
O Fantasma de Arapiraca utilizou as redes sociais para se manifestar: "O ASA lamenta a morte do ex-jogador e ex-técnico Wanderley Paiva. Wanderley foi vice-campeão alagoano com o ASA em 2008".
O velório e o sepultamento estão marcados para a tarde desta terça, em Três Corações, no Sul de Minas Gerais, onde nasceu e faleceu. Wanderley era conhecido como o "carregador de piano" em seus tempos de jogador. Atuou pelo Atlético durante 10 anos, de 1966 a 1976.
Em setembro, o Atlético-MG conseguiu arrecadar R$ 84 mil para ajudar no tratamento de Wanderley. O clube fez a campanha, via Instituto Galo, para quem pudesse contribuir com doações via Pix. O presidente Sérgio Coelho chegou a receber o ex-jogador na sede administrativa de Lourdes, mas nas últimas semanas ele teve uma piora no quadro e não resistiu.
Carreira
Aos 17 anos, Wanderley deu seus primeiros passos jogando na cidade natal, atuando pelo Atlético de Três Corações. Ele chamou atenção do Atlético-MG e foi comprado em 1966, permanecendo em Belo Horizonte por uma década.
Na campanha de 1971, participou de 100% dos jogos. Titular de Telê Santana, antes formava o meio de campo com Oldair, que foi deslocado para a lateral esquerda. Wanderley passou a ser a dupla de Humberto Ramos, responsável pelo passe do gol de Dario contra o Botafogo.
Depois do Galo, ainda passou por América-SP, Palmeiras e Comercial, mas fez história na Ponte Preta.
Em Campinas, Wanderley se tornou ídolo por ser um dos principais protagonistas do time duas vezes vice-campeão paulista, em 1977 e 1979. Entre 1976 e 1980, disputou 182 partidas pela Macaca, com cinco gols.
Da Ponte seguiu para o Londrina e foi campeão da Taça de Prata em 1980. Wanderley chegou a ser convocado para a seleção brasileira na década de 70, mas recebeu poucas chances. Ele pendurou as chuteiras em 1981.
Já como treinador, seu título de maior expressão foi o Campeonato Goiano de 2004, comandando o CRAC. Ele comandou a Ponte Preta em cinco passagens - a última delas em 2009, com 61 jogos ao todo. Seu último trabalho foi no comando do CRAC, em 2013.