Deputado federal Matheus Laiola e três policiais viram réus por sequestro, cárcere privado e concussão

Por redação com G1 23/10/2023 21h09
Por redação com G1 23/10/2023 21h09
Deputado federal Matheus Laiola e três policiais viram réus por sequestro, cárcere privado e concussão
Matheus Laiola era delegado-chefe da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente de Curitiba - Foto: Divulgação/Matheus Laiola

O deputado federal do Paraná Matheus Laiola (União Brasil) e três policiais civis viraram réus por sequestro, cárcere privado e concussão – quando servidor público usa a função para exigir vantagem indevida.

As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (23) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MP-PR), autor da denúncia recebida pela 4ª Vara Criminal de Curitiba.

De acordo com as investigações, os denunciados exigiram R$ 50 mil do proprietário de uma rede de postos de combustíveis para liberarem um funcionário.

Conforme o Gaeco, os fatos aconteceram em fevereiro de 2019, quando Laiola ainda era delegado-chefe da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente de Curitiba.

Por meio de nota, a defesa do deputado federal afirmou que "os fatos apresentados pelo Ministério Público não condizem com a realidade" e que provará a ausência de prática ilegal no curso do processo.

O processo corre sob sigilo. O Ministério Público não divulgou mais informações sobre quem são os outros três agentes denunciados. g1 tenta contato com a defesa deles.

Investigações

Segundo o Ministério Público, um funcionário do posto de gasolina foi preso indevidamente durante uma abordagem policial no estabelecimento comercial, localizado em Tijucas do Sul, na Região Metropolitana da capital paranaense.

Conforme o Gaeco, o empregado teria sido preso supostamente em flagrante, sem qualquer fato ou ordem judicial que justificasse a prisão, a pretexto de possíveis irregularidades no estabelecimento.

As investigações apontaram que o funcionário foi solto após o pagamento de R$ 10 mil pelo dono do posto ao grupo de policiais.