Desempregado, Jeff Machado ganhava mesada de R$ 2 mil da mãe e do irmão

Por redação com Extra 04/06/2023 15h03 - Atualizado em 04/06/2023 16h04
Por redação com Extra 04/06/2023 15h03 Atualizado em 04/06/2023 16h04
Desempregado, Jeff Machado ganhava mesada de R$ 2 mil da mãe e do irmão
Ator Jeff - Foto: Reprodução

Jeff Machado tinha o sonho de ser um ator reconhecido. Participou no elenco de apoio de algumas novelas, como a Reis, da Record. O papel do ator durou apenas alguns meses, no início de 2022. Depois disso, ele passou a depender financeiramente da mãe e do irmão, que o ajudava com uma mesada de R$ 2 mil. O plano era estar preparado para atuações mais principais, prometidas a ele pelo produtor de TV Bruno de Souza Rodrigues, foragido suspeito de o ter assassinado.

Além do auxílio mensal, a família de Jeff também o ajudava nas supostas contratações arranjadas por Bruno, que conhecia o ator há quatro anos. Em 2019, por exemplo, Diego Machado, irmão do ator, conta que a mãe fez um depósito de R$ 12 mil para o produtor colocar Jeff em uma novela, o que não aconteceu. Em 2022, outro pagamento, no valor de R$ 18 mil teria sido feito, também em vão.

— O período de expectativa sobre os papéis prometidos por Bruno foi muito cruel para o meu irmão. Cada proposta de personagem forçava uma mudança de aparência em Jeff. Tira a barba, mantém ela, emagrece, engorda, cabelo grande, cabelo curto. Fizeram ele de boneco enquanto o extorquiam e fingiam amizade — diz Diego.

O irmão também conta que a falta de trabalho fixo fez Jeff vender alguns bens para conseguir dinheiro.

— Como ele era produtor, ao longo dos anos adquiriu muitos bens, como peças antigas, quadros. Agora, para se manter, estava vendendo as coisas esperando a resposta para os papéis, se desfazendo de tudo em busca de um sonho.

De acordo com a polícia, a vulnerabilidade do ator, que estava longe da família, natural de Santa Catarina, e sem trabalho fixo, pode ter sido um dos motivos que fez Bruno se aproximar dele.

"Jeff era a vítima perfeita para quem desejasse obter vantagens econômicas em seu detrimento, uma vez que se tratava de um jovem que não possuía familiares no Município do Rio de Janeiro, que morava sozinho, em um imóvel situado em local ermo, não tendo um emprego fixo".