Municípios alagoanos já registraram casos de hanseníase em 2023
A Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) entregou, nesta segunda (22), 142 kits de testes rápidos para contatos de pacientes acometidos pela hanseníase, doença que atinge os nervos e a pele, é altamente contagiosa e pode provocar incapacidades físicas irreversíveis. A distribuição dos insumos ocorreu no auditório da Academia da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL), no bairro Trapiche, em Maceió. De acordo com a Sesau, 38 dos 102 municípios alagoanos já diagnosticaram casos da doença no período de janeiro a abril deste ano.
Os testes rápidos serão realizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) designadas pelas Secretarias Municipais de Saúde. Os demais municípios alagoanos irão receber os kits com testes rápidos de hanseníase a partir do momento que confirmarem casos da doença e realizarem a solicitação ao Ministério da Saúde, via Sistema de Insumos Estratégicos de Saúde.
Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, enfermeira Itanielly Queiroz, todos os municípios contemplados com os kits de testes rápidos tiveram as equipes capacitadas. “Com isso, elas já estão aptas a realizarem os testes na população, seguindo todos os critérios técnicos necessários. Assim como ocorre com o teste rápido de HIV e Sífilis, por exemplo, o teste rápido da hanseníase ocorre com a coleta de sangue realizada através do dedo polegar de uma das mãos e o resultado sai em até 20 minutos”, explicou.
Itanielly Queiroz ressaltou que os testes não são indicados para diagnóstico, e sim para triagem de pessoas que tiveram contatos prolongados com pacientes identificados com a hanseníase. “Quando uma pessoa é diagnosticada, são realizados exames clínicos nas pessoas que porventura residam com o paciente. Se o exame clínico não detectar a doença, é realizado o teste rápido”, destacou.
Ela lembrou, ainda, que mesmo nos casos negativos é realizado um acompanhamento anual das pessoas que possuem contato próximo com os pacientes. “Essas avaliações são realizadas anualmente por cinco anos, e são essenciais para assegurar a segurança clínica das pessoas expostas”, declarou.
A coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase ressaltou que o diagnóstico e o tratamento da doença são completamente assegurados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas UBS's dos municípios. Para isso, as equipes estão devidamente preparadas para acolher e orientar os pacientes dentro dos princípios técnicos e de humanização que regem o atendimento em saúde.