Mergulhador dado como desaparecido filma própria busca em praia da capital
O mergulhador de águas abertas e corretor de seguros de 35 anos Kleberson Lins foi dado como desaparecido pela esposa, enquanto ele mesmo filmava a própria busca realizada por um helicóptero do Corpo de Bombeiros, nas proximidades dos Marcos dos Corais, no bairro da Ponta Verde em Maceió. O que era para ser um susto, terminou em uma história engraçada , que viralizou nas redes sociais.
Tudo começou por volta das 7h30 da manhã dessa quarta-feira (17), quando Kleberson resolveu seguiu para o mar da Ponta Verde, registrar imagens das belezas naturais de Maceió. Nesse dia, ele estava indo para um treino aquático, com o objetivo de usar pela primeira vez um equipamento de nado.
Só que ele não esperava que sua volta pelo Farol da Ponta Verde iria desencadear em uma série de equívocos, sendo um deles o seu próprio desaparecimento.
"Primeiro elo da confusão nada, foi não postar nada assim que cheguei. Porque sempre que vou treinar posto uma foto. Não ficou clara a nossa comunicação. E para mim ficou certo de que eu treinaria até meio dia e para ela ficou certo de que eu a buscaria de nove horas, como sempre faço", conta o mergulhador.
Como a esposa achou que ela tinha se atrasado, desesperou-se e acionou o Corpo de Bombeiros, por meio de um amigo. "Na narrativa construída com meu atraso, saído para mergulhar, sem notícia nenhuma, realmente eu estava desaparecido, mas estava de boa treinando no mar", conta.
Foi quando Kleberson percebeu o helicóptero sobrevoando no mar. Mas ele conta que estranhou a movimentação. Pois somente ele estava no mar e, na visão do mergulhador, a maré não trazia riscos na localidade.
É que, estranhando o desaparecimento do marido, Jessika vieira se dirigiu até o estacionamento onde Kleberson sempre deixava o carro e, com uma chave reserva, ela pegou o veículo do marido e seguiu para a base do Corpo de Bombeiros, pois passou a achar que ele tinha desaparecido no mar.
"Terminei meu treino, tomei um banho, lavei o equipamento e quando fui ao veículo, cadê meu carro? Já tinha outro estacionado no meu lugar. Pensei: meu Deus, roubaram meu carro. Pedi ajuda".
Foi neste momento que começou a segunda confusão na história. Como ele estava sem o celular, foi até a base da OPLIT para registrar um Boletim de Ocorrência por roubo do veículo.
"Foi quando foi registrado a ocorrência. Ligaram para o 190 para mobilizar a Central e eu liguei para ligar para Jessika. Ela já tinha me dado como morto. Todo mundo desesperado, os amigos no corpo de bombeiros. Para quem sumiu às nove e já era depois de meio dia. O pessoal já estava me mando como morto", relata Kleberson.
Segundo ele, ao ouvir sua voz ao telefone, a esposa se pôs a chorar.
"Ela caiu em desespero, começou a chorar, disse que o carro estava com ela e que estava mandando alguém me pegar na Oplit para me levar para o Corpo de Bombeiros e explicar essa grande confusão", diz o mergulhador.