Irmãos que sofreram queimaduras brincando com pólvora há um mês continuam internados em Maceió

Por redação com G1/AL 15/03/2023 20h08
Por redação com G1/AL 15/03/2023 20h08
Irmãos que sofreram queimaduras brincando com pólvora há um mês continuam internados em Maceió
Um dos irmãos teve 52% do corpo ferido por queimaduras de segundo e terceiro graus - Foto: Ascom HGE

Os irmãos de 13 e de 14 anos que sofreram queimaduras durante uma explosão quando brincavam com pólvora em Ibateguara continuam internados no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. O acidente aconteceu no mês de fevereiro em um sítio na zona rural de Ibateguara, interior de Alagoas. Nesta quarta-feira (15) eles completam um mês de internação e não há previsão de alta.

Os adolescentes estão sendo acompanhados pela equipe multidisciplinar do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ). O irmão mais velho sofreu queimaduras de 2º e de 3º graus em 28,5% do corpo, atingindo a face, pescoço, braços, pé esquerdo e nariz. O de 13 anos sofreu queimaduras de 2º e de 3º graus em 52% do corpo, na face, pernas e braços.

“Eles estão recebendo os cuidados de vários médicos especialistas, como cirurgião plástico, cirurgião geral e clínico geral, E tendo a atenção da Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia, Psicologia, Serviço Social e Fonoaudiologia”, disse a médica Edgleide Soares Castro, que ressaltou que o tratamento de queimadura é longo, doloroso, complexo e o risco de sequelas é grande.

Após a explosão, a Polícia Civil abriu uma investigação para apurar as causas e chegou à conclusão de que os irmãos estavam brincando. "O local do acidente foi no Sítio Imprensa, em um terreno baldio. Segundo informações, as vítimas estavam brincando de atear fogo na pólvora", disse o delegado Claudemiltikson Benemarcan, que conduziu o caso.

A mãe das crianças conta que estava em casa quando ouviu a explosão e correu desesperada na direção dos meninos. Ela chamou rapidamente uma ambulância, que os levou inicialmente até uma unidade de saúde do município.

“Eu já perguntei quem deu a pólvora, mas eles não falam até hoje. Só dizem que foi um homem que disse para eles terem cuidado. Queriam fazer uma bomba como as que soltam no São João. Eu não sabia dessa ideia. Agora, eles sentem na pele a consequência de brincar com fogo, pois estão há um mês internados, sem poder voltar para casa, para a escola, para a diversão deles”, disse Elsa, que é viúva e trabalha na roça.

Após a explosão, os meninos receberam os primeiros atendimentos ainda no local antes de serem transferidos para o Hospital Regional da Mata, em União dos Palmares. Em seguida, eles foram levados para o HGE, onde estão sendo atendidos por médicos especialistas.