Novo júri do caso 'Beto Campanha': réu é absolvido das acusações de homicídio e tentativa de homicídio
Em novo julgamento realizado nesta terça-feira (13), Alex Costa Farias de Melo foi absolvido da acusação de homicídio do ex-vice-prefeito de Pilar, Beto Campanha, e pela tentativa de homicídio de José Cícero Santos Chagas. O julgamento aconteceu na 8ª Vara Criminal da Capital.
Alex Farias, conhecido como "Gordo", já havia passado por julgamento em 2019, onde foi absolvido pela morte de Beto Campanha, e condenado a 16 anos e 4 meses de prisão pela tentativa de assassinato de José Chagas. A sua defesa, entretanto, conseguiu anulação do julgamento e realização de um novo júri.
Dessa vez, Alex Farias foi inocentado pelos dois crimes. Em sua sentença, o juiz José Braga Neto sinalizou a absolvição do réu.
"Tendo em vista que o Conselho de Sentença, por maioria dos votos, acatou a tese da defesa, resta absolvido o réu Alex Costa Farias de Melo nas sanções previstas em relação à vítima Gilberto Pereira Alves, conhecido por "Beto Campanha", e em relação à vítima José Cícero Santos Chagas, conhecido por "Cuvu", disse o magistrado.
Alex foi preso em 2007, ano em que o crime aconteceu. Ele passou dez meses na prisão, como aponta a advogada Rayanni Albuquerque.
"O recurso se deu por conta da decisão manifestamente contrária a prova dos autos. O Alex foi absolvido pelo homicídio consumado de Beto campanha, mas foi condenado pela tentativa do José chagas. Alex sofreu por 15 anos com esse processo, ele foi preso e passou 10 meses encarcerado e só hoje teve a justiça estabelecida", disse a advogada.
Beto Campanha foi morto a tiros dentro do carro na Avenida Durval de Góes Monteiro, em Maceió. Ele estava na companhia de José Cícero dos Santos Chagas, o Cuvu, que sobreviveu.
Assim como Alex, Josué Teixeira da Silva, acusado de ter dado apoio aos executores, foi absolvido em 2019. Por outro lado, Givanildo José da Silva foi condenado pela morte de Beto Campanha e recebeu pena de 24 anos.
A primeira dama da cidade na época do crime, Telma Lúcia Tavares Prado, chegou a ser apontada como a mandante do crime, mas a denúncia contra ela foi considerada improcedente pela Justiça. Outras pessoas também foram acusadas, mas tiveram o mesmo destino que Telma no processo.