A Biblioteca Municipal Professor Pedro França Reis, localizada na Casa da Cultura, recebeu nesta terça-feira (25) a doação de 105 livros. Os novos exemplares foram arrecadados e doados por membros do Clube do Livro 42, um grupo de leitura arapiraquense, e vão enriquecer o acervo literário e aberto ao público.

A ideia partiu de uma vontade coletiva em incentivar a movimentação cultural e democrática na cidade, por isso a Casa da Cultura foi o espaço escolhido pelo grupo. “Sempre será uma coisa boa doar livros que estavam parados em algum lugar e que poderiam estar em outro lugar sendo lidos por alguém. A Casa da Cultura com certeza é um espaço que deve ser utilizado por todos aqueles que tem boas ideias para dar e executar”, disse o engenheiro Leonardo Dias, um dos organizadores e fundadores do clube.

O diretor da Casa da Cultura, John Elvis, destacou a importância da contribuição literária para a Biblioteca Municipal. “A galera do Clube 42, desde o princípio, se mostrou disposta a nos ajudar no fortalecimento do acervo da biblioteca. Só temos a agradecer aos jovens do Clube 42 pela parceria e pelos livros doados”, agradeceu.

Quem quiser fazer doações de livros para a Biblioteca Municipal Professor Pedro França Reis, pode se dirigir até local com as obras escolhidas e assinar um termo que consta o rol de livros doados. Lá, o doador fica ciente de que a biblioteca irá fazer uma triagem, organização, catalogação, indexação e registro para, posteriormente, colocar a obra à disposição do leitor.

O Grupo 42

O nome do Clube do Livro – o 42 -, é uma referência ao “Guia do Mochileiro das Galáxias”, de Douglas Adams, porque inicialmente o grupo leria apenas obras de ficção científica. No livro, uma civilização busca a resposta para todas as coisas, e para isso constrói um robô superinteligente que era capaz de responder qualquer dúvida. Ao ser questionado sobre qual o sentido da vida, do universo e outras questões existenciais, o robô deu um prazo de milhares de anos para realizar os cálculos e descobrir a resposta, mas no final, essa resposta foi apenas o número 42.

Simples e objetivo como a resposta do robô, assim nasceu o clube do livro, a partir de uma troca de mensagens entre amigos. Curiosamente, Leonardo relata que estava em casa lendo algum livro quando recebeu a mensagem do Gilberto Júnior, outro fundador, falando sobre a ideia de criar um grupo em que os participantes se reuniriam para discutir a leitura escolhida.

“Aos poucos fomos nos organizando, convidando mais amigos, criando grupo no whatsapp, perfil no instagram. Escolhemos alguns livros que de início eram somente de ficção científica, fantasia, distopia e decidimos sempre sortear a leitura do mês pois uma pitada de ‘sorte do destino’ nunca é demais”, conta Dias.

Desde o seu início, do final do ano passado até agora, o clube cresceu e “tomou proporções inimagináveis”. “Nenhum dos idealizadores imaginava que ele cresceria de tal forma que hoje já temos parcerias com editoras reconhecidas nacionalmente, isso tudo em menos de um ano. Esse clube é massa demais”, afirma.

O grupo realiza mensalmente o sorteio da leitura do mês, com títulos sugeridos pelos membros, e se encontra no fim do mês para conversar sobre o livro. As leituras seguem algum tema ou gênero previamente escolhido. A participação no Clube do Livro 42 é aberta a todos.