Cultura de luto: Morre no HGE o artista alagoano, Nelson da Rabeca
A cultura alagoana amanheceu de luto com a morte do mestre, patrimônio cultural e artista, Nelson da Rabeca, aos 81 anos. A morte de Nelson da Rabeca foi informada pela assessoria do Hospital Geral do Estado (HGE) na madrugada desta sexta-feira, 22.
O artista foi levado ao HGE, no bairro Trapiche da Barra, em Maceió, na noite de ontem, quinta-feira, 21, com dores no estômago e problemas na pressão arterial. Antes de ser levado ao HGE, Nelson da Rabeca havia dado entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de Marechal Deodoro, cidade onde ele estava residindo.
Não há informações sobre a causa da morte do artista.
Nelson da Rabeca foi considerado Patrimônio vivo de Alagoas em 2009. Natural de Joaquim Gomes, nascido em 1929, o rabequista, acordeonista, compositor e luthier alagoano Nelson da Rabeca trabalhou desde a infância no corte da cana de açúcar.
Aos 54 anos, ele construiu e aprendeu sozinho a tocar rabeca, após ver um violino em um programa de TV. Na época, ele alternava, o trabalho no corte de cana com apresentações com a rabeca, já na Praia do Francês.
Nelson da Rabeca foi descoberto pelo pesquisador musical paulista José Eduardo Gramani. Foi ele o responsável por divulgar o nome de Nelson em todo Brasil, o que levou à gravação do primeiro disco do alagoano, em 1994.
Autodidata, Nelson da Rabeca construiu mais de seis mil rabecas e gravou quatro álbuns, o último lançado em 2018, ao lado do músico suíço Thomas Rohrer.
Ao lado de Nelson, em seus shows e discos, nos vocais, sempre esteve Dona Benedita, esposa do artista alagoano.