Missionários americanos são sequestrados por gangue no Haiti

Por redação com G1 17/10/2021 10h10
Por redação com G1 17/10/2021 10h10
Missionários americanos são sequestrados por gangue no Haiti
Pessoas passam observando o hotel que tombou devido ao terremoto no Haiti, ocorrido em agosto - Foto: Delot Jean/AP

Ao menos 17 missionários cristãos americanos e suas famílias, incluindo crianças, foram sequestrados neste sábado (16) por integrantes de uma gangue em Porto Príncipe, capital do Haiti, informa a mídia dos Estados Unidos.

Segundo o “The New York Times”, o “Washington Post” e a “CNN” internacional, o sequestro aconteceu depois que os missionários deixaram um orfanato situado a 30 km da capital haitiana.

Foram sequestrados 14 adultos - homens e mulheres - e três menores, informou a CNN.

Os missionários, que vieram do estado americano de Ohio, foram sequestrados quando estavam em um ônibus, a caminho do aeroporto. Eles seguiriam viagem para Titanyen e aquela era a primeira viagem do grupo pelo Haiti, segundo informações da RFI.

O sequestro foi realizado, ainda de acordo com a RFI, pela gangue chamada “400 mawozo”, que montou barricadas na estrada, controlada por ela, desviou vários veículos e raptou não somente os missionários, mas também cidadãos haitianos.

A gangue “400 mawozo” sequestrou 10 pessoas em abril, entre elas dois religiosos franceses. Liberado após 20 dias, o padre Michel Briand afirmou à AFP que acreditava que os membros da gangue não tinham previsto o rapto dos franceses e que as vítimas estavam “no lugar errado, na hora errada”.

O Departamento de Estado dos EUA informou que a prioridade é a segurança dos sequestrados: “o bem-estar e a segurança dos cidadãos americanos no exterior é uma das maiores prioridades do Departamento de Estado".

Gangues


É crescente a ação de gangues no Haiti. A violência aumentou após o assassinato do presidente Jovenel Moise, em julho, e um terremoto, em agosto, que matou mais de 2 mil pessoas. Após esses eventos, sequestros se tornaram ferramenta comum para essas gangues conseguirem dinheiro. Metade da cidade de Porto Príncipe é controlada por esses grupos criminosos.