Executivo da Nike revela que matou um adolescente em 1965
O ex-presidente do time de basquete Portland Trail Blazers e atual executivo da Nike, Larry Miller, confessou nesta quarta-feira ter assassinado um adolescente há 56 anos. Ele afirmou que na época do crime fazia parte de uma gangue e descreveu seu passado como "muito difícil".
Miller afirmou, em entrevista à revista Sports Illustrated, que tinha 16 anos quando cometeu o homicídio. Ele admitiu que atirou contra Edward White, de 18 anos, em 30 de setembro de 1965.
O executivo contou que o tiroteio ocorreu em retaliação à morte de um dos seus colegas de gangue por um grupo rival. No entanto, Miller assumiu que não tinha certeza se a vítima era de fato pertencente a uma gangue inimiga.
Na entrevista, Miller afirmou que simplesmente atirou na primeira pessoa que viu. Ele soube do nome da vítima posteriormente, por meio de reportagens.
- Estávamos todos bêbados - disse Miller à Sports Illustrated. - Eu estava atordoado. Assim que comecei, eu pensei, 'Oh, merda, o que foi que eu fiz?' Levei anos para entender o impacto real do que fiz - acrescentou.
Miller esteve preso várias vezes até completar 30 anos. Mas mesmo nesse período ele continuou seus estudos e conseguiu se formar em contabilidade pela Temple University.
O executivo está na Nike desde 1997 e gerencia as operações das coleções Jordan e da marca Converse.
Segundo a BBC, Miller prepara um livro no qual vai detalhar o crime. Ele também pretende relatar sobre o período em que teve múltiplas passagens pela
prisão. De acordo com o executivo, a ideia é fazer com que sua história afaste os jovens de uma vida de violência e sirva inspiração para quem está preso reúna forças para retomar a vida.
- O erro de uma pessoa, ou o pior erro que ela cometeu em sua vida, não deve controlar o que acontece com o resto de sua vida - afirmou.