Marco Ricca fala de retorno ao trabalho após Covid: “Se não trabalhasse, seria pior"

Por Redação com Yahoo! 11/10/2021 08h08
Por Redação com Yahoo! 11/10/2021 08h08
Marco Ricca fala de retorno ao trabalho após Covid: “Se não trabalhasse, seria pior'
Marco Ricca será Breno, de "Um Lugar ao Sol", próxima novela das nove da TV Globo - Foto: Divulgação/TV Globo/Fabio Rocha

Prestes a voltar ao ar como o Breno de "Um Lugar ao Sol", próxima novela das nove da TV Globo, Marco Ricca contou como foi retomar a rotina de trabalho após a recuperação da Covid-19. No fim do ano passado, o ator de 58 anos chegou a ser intubado durante o tratamento contra a doença.


"Eu tive outros problemas, mas esse negócio mexe com tudo. Desestabiliza. Algumas pessoas da novela contraíram esse troço e encararam firmemente. Eu encarei, não digo firmemente. Não estava inviável, mas também não 100%. Tinha que honrar o compromisso com pessoas tão queridas que conheço há tantos anos. Se não trabalhasse, seria pior", disse ele à coluna de Patrícia Kogut, do jornal "O Globo".


"Quando saí do hospital com vida, saí grato. Feliz não dava, com tanta gente morrendo. Vou me recuperando dia a dia com ajuda médica. Imagino as pessoas que sobreviveram e são jogadas ao léu. Porque isso tudo não para na sobrevivência. Tem uma extensão bastante grande. É um pesar", refletiu o artista, que ainda passou por um longo processo de fisioterapia para tratar as sequelas.


Nesse período conturbado, Ricca garante não ter pensado "no lado ruim". "Você é tão drogado ali. Eu, que fui intubado, extubado e intubado de novo, penso em quem não tinha kit intubação. É tortura medieval. Saí com drogas fortes, que aceleram. Você fica meses no delírio provocado por remédios. E vai desmamando. Não sou super-homem. Com privilégios fica mais fácil", contou.


Em novembro de 2020, o ator também enfrentou outro momento delicado, quando a polícia encontrou o carro de seu irmão, Giuliano Ricca, desaparecido desde 2014. No veículo, localizado próximo à Rodovia Presidente Dutra, em Santa Isabel (SP), foi achada a ossada do produtor cultural.


"Foi um desfecho. Doloroso, claro. 'Encontramos seu irmão'. 'Mas de que jeito?'. Do jeito mais maluco. Mas acalmou a gente, principalmente a minha mãe. Mesmo que seja de um jeito tão assim... E não foi nada espetacular também. Surgiram tantas especulações. Foi só um acidente de trânsito, mas tivemos a infelicidade de não descobrir. Sofremos muito tempo com a falta de informação", lembrou.