Levantamento aponta que oito em cada dez moradores de bairro em Arapiraca já foram infectados pela Covid-19
De cada 10 habitantes do bairro Massaranduba, em Arapiraca, no Agreste de Alagoas, oito já contraíram Covid-19. Os dados são do grupo de Trabalho sobre a Covid-19 do Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Igdema) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que tabula os dados oficiais e apontam que 79,7% da população dessa localidade já teve a doença. Os números podem indicar o que se chama de “imunização de rebanho”, que é quando mais de 70% da população foi infectada pelo vírus.
Os números mostram que o bairro acumula 498 casos de Covid-19 e dois óbitos desde o início da pandemia. Na última semana, foram registrados mais 14 casos da doença no bairro. Ou seja, mesmo com alto índice de casos, a taxa de letalidade da Covid-19 no bairro é 0,4%.
Na segunda maior cidade de Alagoas, a alta taxa de habitantes infectados não é incomum pelos bairros. Outras localidades registram percentuais muito acima dos registrados em outras cidades. No bairro Verdes Campos, 33,3% das pessoas já tiveram Covid-19, no Bom Sucesso, 33,1%; em Olho d’Água dos Cazuzinhos, 32,5%, e no Centro 25,6%.
Em Maceió, o bairro com maior percentual da população já infectada pela Covid-19 é o Centro, onde 33,4% da população já contraiu a doença. Os dados mostram ainda que os bairros da parte baixa da cidade aparecem logo em seguida com altos índices de infectados. Na Mangabeiras, 18,3% da população já contraiu Covid-19, na Pajuçara, 17,6%, e na Ponta Verde, 14,7%.
Quando analisados os dados de Alagoas por cidades, Arapiraca é a que possui o maior percentual da população já infectada pelo coronavírus, com 12,6%. Logo em seguida aparece Marechal Deodoro, na Região Metropolitana de Maceió, com 12,1% da população já infectada. O ranking termina com Pilar, onde 9,5% da população da teve Covid-19.
Em Maceió, 8,2% da população já teve Covid-19. O município alagoano com a menor proporção da população infectada é Olho d’Água do Casado, onde 1,4% da população já teve a doença.