Mercado de delivery cresce no Brasil e prevê aumento nos próximos anos

Com o aumento no número de pedidos de delivery, os brasileiros mostram que esse hábito adquirido na pandemia tem tudo para continuar no futuro

03/07/2021 11h11 - Atualizado em 03/07/2021 16h04
03/07/2021 11h11 Atualizado em 03/07/2021 16h04
Mercado de delivery cresce no Brasil e prevê aumento nos próximos anos
Pedidos online - Foto: Pedidos online

Nos últimos meses, milhares de brasileiros descobriram as vantagens dos pedidos pela internet. Por conta disso, o mercado de delivery cresce no Brasil, e os empresários estão otimistas com um possível aumento nos próximos anos.

De acordo com pesquisas da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), do ano passado para cá, 91% dos internautas do país fizeram compras pela internet.

Cada vez mais habituados com o ambiente virtual para as compras e as facilidades que sites e aplicativos oferecem, esse é um comportamento que tem tudo para permanecer no cenário pós pandemia.

Isolamento social alavancou o crescimento de setores


O sistema de pedidos pela internet não é uma novidade. Muitas pessoas já optavam por fazer suas compras por meio deste canal.

Porém, o isolamento social e a impossibilidade de ir até uma loja para fazer compras acelerou a entrada de novos consumidores, que até então, não tinham vivido esse tipo de experiência.

Uma vez que aplicativos e sites de pedidos são desenvolvidos de modo que o consumidor consiga encontrar o que deseja intuitivamente, não foi difícil para esses novos usuários se habituassem com os pedidos virtuais.

Por outro lado, enquanto o isolamento social incentivou o aumento no consumo de alguns setores, foi responsável também pela queda nas compras de outros.

As viagens e a compra de ingressos, por exemplo, caíram vertiginosamente. Afinal, as restrições de mobilidade e aglomeração fizeram com que o mercado parasse completamente.

O setor em números


Ainda segundo a pesquisa da CNDL e do SPC Brasil, os números conseguem fornecer um panorama bem realista do crescimento do mercado de delivery no Brasil.

O setor com maior aumento no consumo foi o delivery de alimentos, que cresceu mais de 24% entre 2019 e 2021.

O aumento desse setor justifica-se pela presença de aplicativos de delivery, como o Rappi, que facilitam os pedidos dos consumidores.

De fato, somente o aplicativo de entregas Rappi teve um crescimento na demanda de 121% em 2020, considerando a Grande São Paulo.

Pedidos em apps de delivery também ajudaram no aumento da quantidade média de compras, que em um ano aumentou de 7 vezes para 8,5 vezes.

O que os brasileiros mais consomem via delivery


Pedidos de alimentos são os grandes responsáveis pelo aumento nas compras online pelos brasileiros. Porém, existem outros produtos e serviços que experimentaram aumento nas vendas entre 2019 e 2021.

Streaming de filmes e séries, compras de supermercado e aquisição de cursos, isoladamente, cresceram mais de 10% na demanda.

Outros mercados como vestuário e calçados, eletrônicos e cosméticos, se mantiveram com uma boa média de vendas e, em alguns casos, aumentaram os índices.

A tendência para os próximos anos


Criar novos hábitos, em uma só pessoa, não é das tarefas mais simples. Quando falamos de uma sociedade inteira, esse desafio é ainda maior.

A partir do momento que os brasileiros foram obrigados a buscar soluções diferentes para consumir, um novo hábito foi criado: as compras online.

Na prática, quem já comprava pela internet, encontrou ainda mais motivos para fazer pedidos online.

Quem ainda não tinha vivido essa experiência, foi “obrigado” a testar as compras pela internet e, em muitos casos, o resultado foi positivo.

Por conta disso, existe uma tendência para que o delivery continue presente (e até aumente) na rotina das pessoas, mesmo com a população imunizada e o cenário de pandemia chegando ao fim.

Afinal, após contar com uma solução que dá mais praticidade para o dia a dia, abandonar esse novo hábito não será tão simples assim.

Sem dúvida, uma boa notícia, que mantém a economia aquecida, gerando novos empregos – na pandemia e fora dela.