Com um voto contra, Conselho de Ética aprova parecer para cassação do mandato de Flordelis

Por Redação com FolhaPress 09/06/2021 09h09
Por Redação com FolhaPress 09/06/2021 09h09
Com um voto contra, Conselho de Ética aprova parecer para cassação do mandato de Flordelis
Floderlis e Pastor Anderson - Foto: Redes sociais

O Conselho de Ética da Câmara Federal dos Deputados  aprovou, ontem, terça-feira, 08, o parecer de cassação do mandato da deputada federal Flordelis (PSD-RJ). O caso de Flordelis foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por ela ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo.

Apenas um membro do Colegiado, o deputado Márcio Labre (PSL-RJ), foi contra a cassação do mandato da deputada. Os outros 16 votos foram de acordo com a decisão do relato Deputado Alexandre Leite (DEM-SP), que aceitou o pedido de cassação da parlamentar.

A deputada tem cinco dias úteis, contados a partir da publicação da ata da reunião do conselho, para recorrer da decisão junto à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

Caberá à presidente da CCJ, deputada Bia Kicis (PSL-DF), nomear um relator para analisar o recurso e verificar se houve qualquer violação constitucional ou regimental. Kicis só é obrigada a pautar no colegiado a partir de 2 de julho, conforme prazos regimentais da Câmara.

Se a CCJ rejeitar o recurso, o processo segue para o plenário dos deputados. Flordelis só terá o mandato cassado caso eventual recomendação do colegiado seja ratificada em votação aberta por ao menos 257 dos 513 parlamentares.

Antes da votação no conselho, Flordelis voltou a afirmar que sua família estava sendo tratada como uma organização criminosa e negou ter mandado matar seu marido. "Meu nome, minha imagem, achincalhados, desconstruídos e desrespeitados", afirmou. "Conviver com tudo isso, com esse linchamento moral, político e espiritual tem sido insuportável e impossível de continuar aguentando."

Flordelis apelou a seus colegas e pediu para que mantivessem seu mandato. "Mesmo que não acreditem na minha inocência, peço que parem de me aviltar e me permitam um julgamento digno", afirmou. "Toda essa avalanche de crueldade contra mim e minha família diz mais sobre quem nos ataca do que sobre o que nos acusam ter feito."