Mais de 4.900 presos devem ser vacinados contra a Covid-19 em Alagoas
Incluídos no novo grupo de vacinação contra a Covid-19, 4.902 reeducandos do Sistema Prisional de Alagoas devem ter acesso ao imunizante. Os dados são da Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e incluem apenas os presos em regime fechado e os pacientes do Centro Psiquiátrico Judiciário (CPJ), que são as pessoas efetivamente privadas de liberdade.
Atualmente, segundos dados do Painel Interativo da Covid-19 em Alagoas, não há nenhum caso ativo de Covid-19 entre as pessoas privadas de liberdade no Sistema Prisional do Estado. Há nove casos em investigação e 91 foram confirmados desde o início da pandemia, mas todos se curaram. Foram testados 361 reeducandos até agora.
O anúncio feito nessa segunda-feira (3) pelo governo de Alagoas acerca da inclusão desse grupo gerou revolta nas redes sociais. A população questiona o fato de que pessoas que respondem ou estão condenadas por cometerem crimes serem imunizadas primeiro que cidadãos sem pendências com a Justiça. Na Assembleia Legislativa de Alagoas, o assunto foi tema de discussão entre os parlamentares, que alegam a importância de imunizar os trabalhadores antes dos presos.
A vacinação para os presos prevê que sejam imunizados todos desse grupo já acima de 18 anos. Além deles, somente profissionais da Saúde, moradores em situação de rua, e portadores de HIV e síndrome de Down podem se vacinar a partir dos 18 anos, o restante da população deve seguir cronograma por idade.
Os reeducandos serão vacinados com o imunizante da AstraZeneca, que chegou a Alagoas nesta segunda-feira (3). O governo do Estado afirmou que os grupos foram definidos pelo Ministério da Saúde. “Vacinar os presos e profissionais do sistema prisional é preconizado na Campanha Nacional de Vacinação e nós temos que vacinar a todos, sim, até porque quem está recluso de liberdade está sob a tutela do Estado. Essas pessoas também precisam ser vacinadas”, destacou o governo.