Karol Conká fala sobre rejeição pós-BBB21: 'É muito ruim a sensação de decepcionar milhões de pessoas'
"Assim que saí da casa, demorei muitos dias para ter noção de todas as minhas atitudes. Muitas coisas que fiz e falei me deixaram muito envergonhada." É assim, em constante autoanálise, que Karol Conká fala sobre seu comportamento durante o BBB21.
"Não é fácil lidar com a rejeição. Já havia encarado a rejeição quando era mais nova e, por isso, criei uma espécie de armadura para me defender. Quando entrei no BBB, acabei expondo uma camada, uma fragilidade, um comportamento muito feio. Assim que saí da casa, demorei muitos dias para ter noção de todas as minhas atitudes. Muitas coisas que fiz e falei me deixaram muito envergonhada", admitiu a cantora em bate-papo no programa "Saia Justa", do canal GNT, exibido nesta quarta-feira, 28/4.
O desabafo aconteceu na véspera da estreia de "A Vida Depois do Tombo", série documental original do Globoplay que mostra a retomada da carreira da cantora após a rejeição histórica no BBB e já está disponível na plataforma de streaming. Ao longo dos quatro episódios, a série revê comportamentos e revela a origem, os dramas e os tropeços na carreira da cantora.
"É muito ruim a sensação de decepcionar milhões de pessoas, amigos, pessoas que admiro."
"Apesar de ter passado dois meses e muitas pessoas falarem que tudo isso já passou, para mim, não passou. Estou em um momento de reflexão bem profunda", continuou.
Segundo Karol, durante as gravações do documentário, ela estava "montada na soberba" como uma forma de disfarçar a dor que sentiu após o programa. "Já tinha essa noção do que tinha feito, dos meus erros, mas não tinha noção da proporção. Conforme os dias foram passando, fui tomando mais noção do que tinha acontecido e fui sofrendo muito. Caí numa tristeza tão profunda que só queria sumir", afirmou ela.
"Fiquei muito nervosa quando comecei a me deparar no espelho, quando me vi. Foi um processo bem doloroso, acredito que até um pouco difícil para elas [produtoras do documentário], ter que passar por uma situação de gravar um documentário e estar de frente com uma pessoa que está sofrendo, sendo atacada e acusada de várias coisas aqui fora", destacou a cantora.
"Lidar com a rejeição é algo tão doloroso até mesmo para aquelas pessoas que se dizem fortes na música, como é o meu caso. Sempre cantei muito sobre outras camadas. Quando vi as cenas [do BBB], tive que lidar não só com a rejeição do público, mas com a minha rejeição comigo mesma, o que foi uma dor tão maior quanto lidar com a rejeição do público. Quando notei, estava me cancelando também", completou ela.