Aos 36 anos, mulher sem comorbidades é internada com Covid e tem 90% do pulmão comprometido
Moradora de São Paulo se recuperou, mas tem medo de não sobreviver caso seja infectada novamente pelo novo coronavírus
Saudável, sem comorbidades e jovem, a assistente administrativa Paula Juliana Rodrigues da Silva, 36 anos, levou um susto ao ser internada com 90% do pulmão comprometido pela infecção provocada pelo novo coronavírus.
A moradora de Pindamonhangaba, em São Paulo, passou oito dias em uma unidade de terapia intensiva (UTI) para se recuperar da Covid-19. “Se tivesse esperado mais um dia para procurar ajuda, não teria sobrevivido”, lembrou, em entrevista ao portal Uol.
Paula contou que, apesar de seguir a recomendação de usar máscara sempre que saía de casa e no trabalho, subestimou a doença e chegou a acreditar que, caso fosse contaminada, teria apenas sintomas leves. Ela acredita que pegou o vírus no local de trabalho, onde baixava a guarda e retirava a máscara na sala em que convivia com outras 10 pessoas.
Os sintomas começaram com dores no corpo e foram ficando mais intensos ao longo do isolamento, com tosse persistente, perda do olfato e do apetite, fraqueza muscular e dificuldade para falar e respirar.
Ao chegar ao hospital, Paula foi encaminhada direto para a UTI de Covid-19. A assistente administrativa não foi intubada, mas precisou da ajuda de ventilação não mecânica para respirar. Ela recorda que teve crises de pânico ao realizar o procedimento, que descreve “como se tivesse num veículo muito rápido, colocasse a cara para fora e viesse o vento”.
“Hoje, toda vez que vejo alguém reclamando da máscara que a gente tem que usar na rua, comento: ‘nossa, você não viu a máscara de ventilação não invasiva'”, conta.