Licenciado para tratamento, Bruno Covas responde a críticas por ter participado da final da Libertadores

Por Redaçã com CNN Brasil 31/01/2021 17h05
Por Redaçã com CNN Brasil 31/01/2021 17h05
Licenciado para tratamento, Bruno Covas responde a críticas por ter participado da final da Libertadores
Bruno Covas, prefeito de São Paulo - Foto: Reprodução/CNN Brasil

O prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) esteve na final da Libertadores da América no Maracanã entre Santos e Palmeiras nesse sábado (30). Ele pôde ser visto na arquibancada do estádio, com a camisa do time alvinegro, e foi criticado na web.


A partida aconteceu sem público pagante. Estiveram presentes nas arquibancadas da vitória do Palmeiras por 1 a 0 apenas convidados pelos organizadores. Entre eles, o prefeito de São Paulo.


Covas está momentaneamente afastado do cargo. Ele pediu licença no último dia 18 para se recuperar de uma radioterapia, parte do tratamento de um câncer digestivo descoberto em 2019. No período, a cidade está sendo administrada pelo vice-prefeito Ricardo Nunes (MDB).


Questionada, a Prefeitura de São Paulo afirmou que a licença de Bruno Covas expira no domingo (31).


Neste final de semana, passou a vigorar uma nova política adotada pelo governo paulista, que coloca o estado de São Paulo na chamada "fase vermelha" do plano de reabertura, em que apenas serviços essenciais podem permanecer abertos.


Prefeito divulga posicionamento


Neste domingo, Bruno Covas publicou em suas redes sociais um posicionamento sobre ter comparecido à final no Maracanã. 

"Depois de 24 sessões de radioterapia meus médicos me recomendaram 10 dias de licença para recuperar as energias. Isso foi até a última quinta (28/01). Resolvi tirar mais 3 dias de licença não remunerada para aproveitar uns dias com meu filho. Fomos ver a final da Libertadores da América no Maracanã, um sonho nosso. Respeitamos todas as normas de segurança determinadas pelas autoridades sanitárias do RJ. Mas a lacração da Internet resolveu pegar pesado. Depois de tantas incertezas sobre a vida, a felicidade de levar o filho ao estádio tomou uma proporção diferente para mim. Ir ao jogo é direito meu. É usufruir de um pequeno prazer da vida. Mas a hipocrisia generalizada que virou nossa sociedade resolveu me julgar como se eu tivesse feito algo ilegal. Todos dentro do estádio poderiam estar lá. Menos eu. Quando decidi ir ao jogo tinha ciência que sofreria críticas. Mas se esse é o preço a pagar para passar algumas horas inesquecíveis com meu filho, pago com a consciência tranquila."