MPE e Conselho Regional de Psicologia discutem saúde mental

Por Ascom MPE/AL 12/01/2021 09h09
Por Ascom MPE/AL 12/01/2021 09h09
MPE e Conselho Regional de Psicologia discutem saúde mental
Saúde mental - Foto: Ilustração

Um tema pertinente, principalmente diante da triste realidade vivida por brasileiros e alagoanos: saúde mental. O Janeiro Branco juntou, por meio de uma live, nesta segunda-feira (11), o Ministério Público de Alagoas (MPAL) e o Conselho Regional de Psicologia, os quais trataram de tópicos importantes que tendem a despertar a sociedade para cuidados indispensáveis e que podem evitar o trágico.

O procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, os promotores de Justiça , Louise Teixeira e Paulo Henrique Prado, ambos atuantes nas promotorias da Saúde estadual e municipal, respectivamente, foram os representantes ministeriais que debateram com a presidente do Conselho Regional, Zaíra Mendonça, pânico, crise de ansiedade, depressão, preconceito, e de como é possível as pessoas se ajudarem, adotarem a prevenção.

A dra Zaíra Mendonça enalteceu a atuação do MPAL.

“O Ministério Público tem um trabalho louvável, o que seria da população sem ele? Nós fazemos uma militância pela saúde mental e sempre contamos com o MP”, afirma.

Ela também explicou que o “Janeiro Branco” surgiu com o intuito de discutir a depressão, lembrando o aumento considerável de números no período pandêmico.

“As pessoas ainda temem a ajuda profissional, o assunto ainda é pouco compartilhado, mas é preciso criar o hábito, estabelecer momentos que falem sobre a saúde mental além do janeiro”, enfatiza.

O procurador-geral de Justiça aproveitou sua fala para concordar com as abordagens da psicóloga, ressaltando que o preconceito atrapalha mesmo o processo de ajuda.

“Parabenizo a doutora Zaíra por suas colocações. De fato, a realidade nos trouxe transtornos imensos, estamos sempre preocupados com familiares, amigos, colegas de trabalho, até pessoas que estão distantes e não conhecemos que foram acometidos por algum distúrbio em consequência da pandemia. A pressão emocional, doenças, mortes fez com que o problema fosse potencializado”, coloca o procurador-geral.

E continua, falando sobre preconceito:

” No interior, o problema ainda é maior porque as pessoas são preconceituosas e quem precisa de ajuda profissional é apontado como doente mental”.

A promotora Louise Teixeira, reforçou a importância do tema debatido.

“Não tem sido fácil atuarmos nesse problema, inclusive nós, promotores, nos preocupamos com nossa saúde mental, porque houve um desgaste. Achei importante no momento em que a Zaira falou sobre corpo e mente, pois as pessoas se preocupam com o físico, procuram nutricionistas, mas esquecem a saúde mental e ambos não podem ser dissociados””, afirma a promotora Louise.

Ela aproveitou o ensejo para lembrar que “qualquer pessoa que passa por algum problema pode procurar imediatamente ajuda profissional para melhorar a sua vida”. E assumiu que faz psicoterapia.

O promotor Paulo Henrique Prado se posicionou mostrando a delicadeza do momento.

“O que vivemos é cansativo, estressante. O trabalho excessivo, nós mesmos indo dormir uma hora da manhã, houve perda de empregos, o comércio fechando e tudo depende da forma de o ser humano lidar consigo mesmo”, ressalta o promotor Paulo Henrique.

Ele entende que “tem gente que vive bem com a solidão, outras não. Tudo depende da forma como tratamos a convivência do nosso eu. A Covid trouxe isso, as pessoas tiveram somente a si para conversar, é desesperador”.

E dirigiu-se à presidente do Conselho Regional mostrando o compromisso dos promotores da Saúde.

“Garanto a vocês da área da Saúde, da RAPS, que nosso trabalho incansável é para que tenham respaldo suficiente de forma adequada. Queremos fortalecer o CAPS, o consultório de rua. Podem contar conosco para politicas que sejam aplicadas politicas públicas suficientes que assegurem a continuação desse importante trabalho”, conclui.

Durante a live os internautas interagiram e obtiveram posicionamentos sobre suas dúvidas e afirmações. A live foi conduzida pelo cerimonial do Ministério Público.