Internado em UTI, Maguito Vilela tomará posse como prefeito de Goiânia por meio de gestos

Emenda de vereador do mesmo partido do prefeito eleito permitiu a posse de forma virtual

Por da redação com G1 29/12/2020 20h08
Por da redação com G1 29/12/2020 20h08
Internado em UTI, Maguito Vilela tomará posse como prefeito de Goiânia por meio de gestos
Maguito Vilela_ Goiania - Foto: Divulgação

O prefeito eleito de Goiânia, Maguito Vilela, poderá tomar posse do cargo por meio de gestos e sem deixar a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), conforme uma resolução aprovada pela Câmara Municipal nesta terça-feira (29). O político está internado há mais de dois meses para tratar complicações da Covid-19.


Devido à traqueostomia no pescoço, Maguito Vilela vai poder se comunicar por gestos durante a cerimônia de posse, marcada para a próxima sexta-feira (1º), e só assinar o livro de Termo de Posse assim que terminar a validade do atestado médico.


A mudança no regimento interno da Câmara Municipal permitiu aos vereadores, ao prefeito e vice-prefeito eleitos que estiverem contaminados pelo coronavírus a participarem da cerimônia de forma virtual.


A exceção para esta legislatura foi criada por meio de uma resolução, aprovada na Comissão Mista e em Plenário, por causa da pandemia de coronavírus.


O G1 pediu ao Hospital Albert Einstein informações sobre o quadro de Maguito na tarde desta quinta-feira e aguarda retorno. O último boletim médico, divulgado na quarta-feira, informava que o político segue na UTI, "em diálise, sedação leve, traqueostomizado, em pressão de suporte com níveis adequados de oxigenação". Além disso, "responde aos estímulos seguindo o programa de reabilitação".


Histórico de internação


Maguito testou positivo para o coronavírus em 20 de outubro. Dois dias depois, foi internado em um hospital de Goiânia.


Em 27 de outubro, ele recebeu diagnóstico de até 75% de inflamação nos pulmões e foi transferido para São Paulo. Em 30 de outubro, Maguito foi entubado, pela primeira vez, após piora no quadro respiratório. Em 8 de novembro, ele voltou a respirar sem o equipamento.


O político apresentou piora e foi entubado novamente em 15 de novembro, dia do primeiro turno das eleições. Dois dias depois, o candidato iniciou o tratamento respiratório com ECMO, uma máquina que imita as funções dos pulmões.


Em 3 de dezembro, após testar negativo para Covid-19, Maguito foi transferido para um leito de UTI comum do hospital. Depois de dois dias, a ECMO foi retirada.


No dia 11, o político apresentou um sangramento nos pulmões e passou por uma cirurgia para controlar o quadro. Após o procedimento, ele não teve mais hemorragias nos órgãos e voltou a ter um quadro estável, com redução dos sedativos.


Em agosto deste ano, Maguito perdeu duas irmãs para a Covid-19 em um intervalo de menos de 10 dias. Elas tinham 82 e 76 anos e moravam em Jataí, cidade natal do político, localizada no sudoeste de Goiás.