Com contrato até o fim do Brasileirão, Honda pede para deixar o Botafogo
Meia japonês está tratando de lesão na coxa esquerda e previsão era que só voltasse a atuar nos últimos jogos da competição
Com contrato renovado até o fim do Campeonato Brasileiro, Keisuke Honda não ficará no Botafogo. O meia japonês pediu para deixar o clube e deve encerrar sua passagem com a camisa alvinegra após 27 jogos e três gols. Uma conversa entre jogador e departamento de futebol ainda vai acontecer, mas o presidente eleito Durcesio Mello já foi comunicado.
Um dos motivos para o pedido é a lesão na coxa esquerda. Honda se machucou na partida contra o Coritiba, pela 26ª rodada, e a estimativa é de que só voltasse a atuar na reta final do Brasileirão.
Além disso, a situação do clube dentro e fora de campo não agrada o meia. Hoje, o Botafogo é o penúltimo colocado do Brasileirão, com 23 pontos, e enfrenta uma grave crise financeira. O jogador chegou a discordar publicamente de algumas decisões da atual gestão.
Honda tem proposta do futebol europeu e precisaria sair até o início de janeiro para encaminhar seu futuro longe do Rio. O meia ainda quer ter um tempo com a família, já que está longe desde fevereiro. A rescisão entre clube e jogador deve sair ainda nesta semana. O jogador deve postar uma explicação sobre sua saída em uma rede social.
Contratado pelo Botafogo em fevereiro deste ano, Honda foi recebido com festa por mais de 10 mil torcedores no Estádio Nilton Santos. Foi o único contato do japonês com a torcida, porque a estreia contra o Bangu, em março, já foi com portões fechados em razão da pandemia do novo coronavírus.
No fim de novembro, Honda provocou incômodo ao dizer, por rede social, que começaria a pensar em sair caso a diretoria não o convencessem do contrário. Na ocasião, o Botafogo havia demitido Ramón Díaz e anunciado seu quinto treinador na temporada.
O episódio foi contornado com diálogo, mas deixou marcas. O desabafo não pegou bem interna e nem externamente. A reação do jogador dividiu torcedores e gerou críticas. Que também aconteceram dentro do clube porque o japonês reclamou primeiro para o público antes de conversar internamente.