Por caso de 2013, Icasa pede execução de R$ 52 milhões depois de vitórias contra CBF na Justiça
Clube do Ceará ganhou duas instâncias em caso de não acesso para a Série A de 2014 e cobrava R$ 18 milhões por danos materiais e R$ 3 milhões de multa
O Icasa, clube do interior do Ceará, pediu execução de valores corrigidos de R$ 52 milhões de indenização para a CBF, na Justiça. Os cearenses já ganharam em duas instâncias por caso que remete a erro da entidade máxima do futebol brasileiro em 2013. O Icasa venceu em duas instâncias a CBF até aqui e um acordo não está descartado.
A cobrança milionária, que tem juros e correções ao longo do tempo, foi publicada inicialmente pelo site “Esporte News Mundo”. A CBF não se manifestou até o fechamento desta reportagem.
Classificado para a primeira divisão do Estadual do Ceará, o time de Juazeiro do Norte terminou a Série B de 2013 na quinta colocação – Palmeiras, Chapecoense, Sport e Figueirense conseguiram acesso. No início de 2014, o Icasa denunciou irregularidade na escalação do volante Luan, então em ação pelo Figueirense.
O time de Santa Catarina, que terminou com um ponto a mais na classificação, escalou o atleta, na segunda rodada da Série B. Mas Luan ainda tinha contrato com o cearense Clube Atlético Metropolitano, na segunda rodada. A CBF depois reconheceu o erro de sistema, mas nada fez para reparar o erro – o Icasa foi ao STJD, sem conseguir sucesso também.
Na ação inicial, vencida em 2018, o Icasa pede R$ 18 milhões por danos materiais – valores aproximados de cotas de TV que o clube deixou de receber – e mais R$ 3 milhões de danos morais. Com juros e as correções, este valor passa de R$ 50 milhões.
O presidente da Federação Cearense de Futebol, Mauro Carmélio, faz contatos para tentar solução pacífica entre as partes - com acordo financeiro. O clube tem cerca de R$ 15 milhões em valores de causas de dívidas trabalhistas e pretende usar o dinheiro da indenização para quitá-los.