Aos 79 anos, Boris Casoy é demitido da RedeTV! em plena pandemia
A assessoria de imprensa da emissora confirmou o desligamento do comunicador
Boris Casoy, de 79 anos, foi demitido na manhã desta terça-feira (29). O jornalista era contratado da RedeTV! desde 2016 e estava trabalhando remotamente durante a pandemia. Desde março, ele fazia entradas diárias da sua casa no RedeTV! News e teve seu salário reduzido pela metade.
A assessoria de imprensa da emissora confirmou o desligamento do comunicador. "A RedeTV! confirma a saída de Boris Casoy. A direção do canal agradece o jornalista pelo profissionalismo e contribuição nos projetos bem-sucedidos desenvolvidos ao longo dos quatro anos de parceria", diz a nota enviada.
"Foi um período fértil pra mim, não fiquei sentido", afirmou o âncora ao colunista Mauricio Stycer, do UOL. Antes de ser dispensado, Casoy havia informado à emissora que pretende estrear um jornal matinal no YouTube. Entretanto, o âncora ainda não tem um canal na plataforma de vídeos.
A demissão de Boris Casoy aconteceu semanas após a RedeTV! contratar Luís Ernesto Lacombe. O apresentador estreou no comando do Opinião no Ar na última segunda-feira (28).
Trajetória
Boris Casoy atua no Jornalismo desde 1974, quando começou a trabalhar na Folha de S. Paulo, onde assumiu em pouco tempo o cargo de editor-chefe. Em 1976, deixou o veículo para dirigir a Escola de Comunicação e o setor cultural da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado). No ano seguinte, voltou ao jornal impresso e permaneceu ali como editor responsável até 1984.
Em 1961, Casoy deu início à carreira na televisão na TV Tupi. Em 1988, assinou contrato com o SBT para apresentar o TJ Brasil. Permaneceu na emissora até 1997. Naquele mesmo ano, foi contratado pela Record para assumir o telejornal que leva o nome da emissora, na qual ficou até dezembro de 2005.
Já em 2008 acertou com a Band, onde comandou o Jornal da Noite até 2016. Durante este período, Casoy foi parar na Justiça após fazer um comentário preconceituoso sobre garis, durante um intervalo do Jornal da Band.
O âncora reconheceu a ofensa e se retratou no dia seguinte. Entretanto, ele ainda foi condenado pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) a pagar R$ 21 mil ao varredor, mas o valor atualizado e corrigido chegou a R$ 60 mil.