“Acham que ela é minha mãe, mas não nos importamos”

“Conheci a Lucy, em 2013, pelo Tinder. Era um adolescente de 17 anos, estava no meu segundo contato com o aplicativo e minha idade constava errada ali, 36 anos talvez. A foto dela apareceu — e a idade também. Achei a Lucy bonita, com um sorrisão, mas só tinha uma imagem. E a diferença: 37 anos! Sempre me relacionei com mulheres da minha idade, mas mandei um coração e… bola pra frente. No dia seguinte, ela perguntou o que eu estava fazendo no Tinder. E eu respondi: “Procurando você”. Pedi o número do seu celular e passamos a nos falar por WhatsApp.
Foram quase dois anos de conversas, espaçadas em dias e semanas. Marcamos encontros e ela me deu o cano duas vezes, sempre cancelando um dia antes. Dizia que não confiava em mim e que eu poderia ser um internauta maluco. Eu também cancelei uns três encontros porque nem sequer sabia o sobrenome dela e ficava com um pé atrás. Mas nossos bate-papos fluíam muito bem: sobre músicas, filmes, viagens internacionais que eu fazia, o dia a dia dela, anseios e desejos. Dois anos depois, marcamos um jantar num restaurante. O primeiro abraço durou uns três minutos, estávamos perfumados e bem-vestidos. Conversamos por horas e, ao ir embora, acabei beijando-a. Foram vários encontros, sempre despretensiosos, cada dia em um restaurante, praça, hotel e bar diferentes. Na época, eu trabalhava no ramo imobiliário e fazia faculdade. E descobri que ela trabalhava na feira livre com sua mãe, Lurdinha, vendendo caldo de cana.
A partir daí, passamos a falar mais dos nossos familiares e amigos, viajamos juntos e a pedi em namoro. Ela aceitou, com uma certa resistência, já que nossas famílias não sabiam de nada. Aos poucos, fui contando à minha mãe e disse que estava namorando uma mulher mais velha. “Mais velha quanto, André?”, ela perguntou. “Mais velha que você”, respondi. Até hoje, meus familiares não sabem a idade dela (e espero que não leiam isso, risos). Fomos muito bem-aceitos por ambas as famílias, mas comentários paralelos, com certeza, existiram, sobretudo de que o relacionamento não iria dar certo. Para meus amigos, a aceitação foi bem difícil. Havia comentários que misturavam imaturidade com maldade e, por isso, me decepcionei com grande parte deles. Meu pai questionou, mas, sinceramente, a aceitação que eu sempre quis era da minha mãe e dos meus irmãos — e a deles nós tivemos! Do outro lado, sempre fui muito querido pelos amigos e familiares da Lucy.
As pessoas que não nos conhecem acham que ela é minha mãe, mas nunca nos importamos com o que os outros pensam. De lá para cá, fomos para Nova York, que era o sonho dela e a presenteei com a viagem, e estivemos com nossas famílias no litoral. Depois de um ano de namoro, nós nos demos conta de que minhas coisas estavam mais na casa dela do que na minha — e passamos a morar juntos. Atravessamos fases tristes. Primeiro, quando o pai dela faleceu, dois anos atrás. E, agora na pandemia, a mãe morreu de câncer. Sempre estive ao seu lado em todos os momentos. Eu ia ao médico com minha sogra e meu sogro, acompanhei as cirurgias, dormi em hospitais. Fiz tudo o que pude, e faria tudo de novo.
Estamos numa nova fase: a casa, onde a mãe dela também morava, vai passar por uma reforma para deixar com a nossa cara. Filhos estão nos planos também. Deixei claro, desde o início do relacionamento, que queria adotar. Ela já foi casada, mas nunca teve vontade de ser mãe. Mas já disse que, por mim, adotaria uma criança. Depois que passar a pandemia, temos planos de casar numa praia e viajar com as famílias para a Disney.
A diferença de idade traz alguns ruídos na relação, mas sempre damos um jeito. Eu amo sair para beber e dançar com meu pai, irmãos e amigos. Lucy não vai e confia em mim. Se ela quiser sair com as amigas, não vejo problema. Eu confio nela. Na nossa vida, ciúme bobo não existe.”
Foram quase dois anos de conversas, espaçadas em dias e semanas. Marcamos encontros e ela me deu o cano duas vezes, sempre cancelando um dia antes. Dizia que não confiava em mim e que eu poderia ser um internauta maluco. Eu também cancelei uns três encontros porque nem sequer sabia o sobrenome dela e ficava com um pé atrás. Mas nossos bate-papos fluíam muito bem: sobre músicas, filmes, viagens internacionais que eu fazia, o dia a dia dela, anseios e desejos. Dois anos depois, marcamos um jantar num restaurante. O primeiro abraço durou uns três minutos, estávamos perfumados e bem-vestidos. Conversamos por horas e, ao ir embora, acabei beijando-a. Foram vários encontros, sempre despretensiosos, cada dia em um restaurante, praça, hotel e bar diferentes. Na época, eu trabalhava no ramo imobiliário e fazia faculdade. E descobri que ela trabalhava na feira livre com sua mãe, Lurdinha, vendendo caldo de cana.
A partir daí, passamos a falar mais dos nossos familiares e amigos, viajamos juntos e a pedi em namoro. Ela aceitou, com uma certa resistência, já que nossas famílias não sabiam de nada. Aos poucos, fui contando à minha mãe e disse que estava namorando uma mulher mais velha. “Mais velha quanto, André?”, ela perguntou. “Mais velha que você”, respondi. Até hoje, meus familiares não sabem a idade dela (e espero que não leiam isso, risos). Fomos muito bem-aceitos por ambas as famílias, mas comentários paralelos, com certeza, existiram, sobretudo de que o relacionamento não iria dar certo. Para meus amigos, a aceitação foi bem difícil. Havia comentários que misturavam imaturidade com maldade e, por isso, me decepcionei com grande parte deles. Meu pai questionou, mas, sinceramente, a aceitação que eu sempre quis era da minha mãe e dos meus irmãos — e a deles nós tivemos! Do outro lado, sempre fui muito querido pelos amigos e familiares da Lucy.
As pessoas que não nos conhecem acham que ela é minha mãe, mas nunca nos importamos com o que os outros pensam. De lá para cá, fomos para Nova York, que era o sonho dela e a presenteei com a viagem, e estivemos com nossas famílias no litoral. Depois de um ano de namoro, nós nos demos conta de que minhas coisas estavam mais na casa dela do que na minha — e passamos a morar juntos. Atravessamos fases tristes. Primeiro, quando o pai dela faleceu, dois anos atrás. E, agora na pandemia, a mãe morreu de câncer. Sempre estive ao seu lado em todos os momentos. Eu ia ao médico com minha sogra e meu sogro, acompanhei as cirurgias, dormi em hospitais. Fiz tudo o que pude, e faria tudo de novo.
Estamos numa nova fase: a casa, onde a mãe dela também morava, vai passar por uma reforma para deixar com a nossa cara. Filhos estão nos planos também. Deixei claro, desde o início do relacionamento, que queria adotar. Ela já foi casada, mas nunca teve vontade de ser mãe. Mas já disse que, por mim, adotaria uma criança. Depois que passar a pandemia, temos planos de casar numa praia e viajar com as famílias para a Disney.
A diferença de idade traz alguns ruídos na relação, mas sempre damos um jeito. Eu amo sair para beber e dançar com meu pai, irmãos e amigos. Lucy não vai e confia em mim. Se ela quiser sair com as amigas, não vejo problema. Eu confio nela. Na nossa vida, ciúme bobo não existe.”
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