Aumento da alíquota de contribuição previdenciária pesa no bolso dos servidores públicos de Maceió

Por Américo Cavalcante 25/08/2020 14h02 - Atualizado em 25/08/2020 17h05
Por Américo Cavalcante 25/08/2020 14h02 Atualizado em 25/08/2020 17h05
Aumento da alíquota de contribuição previdenciária pesa no bolso dos servidores públicos de Maceió
Foto: Américo Cavalcante
Mesmo após inúmeras reuniões e mobilizações, encabeçadas por lideranças sindicais com o objetivo de discutir os prejuízos do projeto de reforma da previdência dos servidores públicos municipais de Maceió, no primeiro semestre deste ano a Câmara de Vereadores aprovou o texto que, na prática, punirá os trabalhadores com a redução salarial e a perda de direitos.

Os únicos vereadores que se posicionaram contra a medida foram Francisco Sales, Ana Hora, Cleber Costa, Galba Novais e Lobão. Com a derrota, o aumento na alíquota de contribuição previdenciária, de 11% para 14%, passou a ser aplicado na folha de pagamentos deste mês.

De acordo com o sindicalista e pré-candidato a vereador de Maceió, Fernando Cândido, que durante as negociações integrou o Movimento Unificado dos Servidores Públicos de Maceió representando o Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde de Alagoas (SINDACS-AL), é fundamental fazer um comparativo da medida com a situação no município.

"A Prefeitura não está implantando as progressões por título e mérito, não está pagamento o 13° salário, não concedeu o reajuste do conjunto de servidores, no entanto teve a capacidade de aplicar o aumento da alíquota de contribuição previdenciária", comentou.

Fernando Cândido lembrou das inúmeras tentativas de conscientizar os vereadores para que não aprovassem a proposta de reforma sem uma ampla discussão e sem a abertura de um canal de diálogo com o município. Segundo ele, sem previsão de reajustes e progressões salariais, o conjunto de servidores já está sentindo no bolso o prejuízo da medida.

"O aumento na contribuição não deveria ser aplicado sem a regularização das pendências trabalhistas que cobramos há anos. Agora mais do que nunca precisamos unir forças para cobrar do município os direitos que estão sendo negados", concluiu.