Entenda por que mulheres estão retirando seus implantes de silicone

Por Redação com Metropoles 23/08/2020 14h02 - Atualizado em 23/08/2020 17h05
Por Redação com Metropoles 23/08/2020 14h02 Atualizado em 23/08/2020 17h05
Entenda por que mulheres estão retirando seus implantes de silicone
Duas décadas atrás, o ideal de beleza feminina era uníssono: loira de cabelos lisos, magra e “siliconada”. Um punhado de anos depois, o mundo abraça a diversidade, ainda que lentamente. Esses padrões já não são os mesmos. Pelo contrário. Um movimento recente comprova que diversas mulheres, insatisfeitas após a operação de implante de silicone, têm optado pela remoção das próteses.

Seja por conta de uma jornada de autoaceitação, seja por questões médicas, o caminho reverso é, para muitas delas, a melhor (e, em alguns casos, a única) saída.

Foi o que aconteceu com a atriz Ashley Tisdale. A decisão de aumentar o tamanho das mamas, no passado, representou uma mudança importante para a autoestima. Esta semana, em um relato emocionante no Instagram, a estrela de High School Musical confessou que nem tudo foram flores e relatou ter vivenciado problemas constantes desde que colocou a prótese. Até que, este mês, decidiu tirar o implante, assim como fizeram a modelo Chrissy Teigen, a designer Victoria Beckham e até a cantora Anitta.

“Pouco a pouco, comecei a lutar contra pequenos problemas de saúde que simplesmente não estavam combinando, como sensibilidades alimentares e também problemas intestinais que pensei que poderiam ser causados ​​por meus implantes”, revelou.
Assim como ela, a influenciadora, biomédica e nômade digital Carolina Almeida decidiu tornar pública a sua decisão de retirar o silicone de maneira definitiva. Também no Instagram, ele afirmou que a medida foi tomada, quatro anos depois de colocá-lo, após passar pelo que acredita ser a doença do silicone.

Assim como ela, a influenciadora, biomédica e nômade digital Carolina Almeida decidiu tornar pública a sua decisão de retirar o silicone de maneira definitiva. Também no Instagram, ele afirmou que a medida foi tomada, quatro anos depois de colocá-lo, após passar pelo que acredita ser a doença do silicone.

A princípio, os 305ml proporcionaram um boost na autoestima. O pós-operatório foi tranquilo e tudo corria bem. Passados dois anos, no entanto, Carolina começou a sentir dores musculares e nas articulações, além de queimação e ardência em todo o corpo. Há um mês, entrou na sala de cirurgia novamente, mas para tirar o implante.

Apoio virtual
Há pouco menos de um ano, ela se deparou com grupos de apoio no Facebook e no Instagram na qual a doença do silicone era discutida. Feito o explante, uma ressonância das mamas mostrou a presença de dobras e de líquido inflamatório em seu organismo. A biomédica se salvou de um processo inflamatório crônico e de quadro que poderia ser ainda mais grave. Agora, alerta outras mulheres sobre a condição que ainda não é uma unanimidade na medicina.

“Se informe muito bem em relação aos riscos do silicone. E eu não falo apenas dos riscos da cirurgia ou de uma futura ruptura ou contratura e, sim, da toxicidade das próteses, já comprovada cientificamente. Pense que você estará colocando um corpo estranho dentro de você e arriscando sua saúde”, pondera.

Doença do silicone
Como Carolina, existem milhares de pessoas que sentiram que os implantes mamários causaram algum mal, em maior ou menor dimensão.

Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) sugeriu que os fabricantes incluíssem advertências nos implantes mamários de silicone para explicar aos pacientes sobre os riscos da cirurgia (que englobam os sintomas sentidos por Ashley Tisdale e, no Brasil, pela biomédica e influencer Carolina Almeida). Paralelamente, a doença do silicone ganha força em debates e grupos na internet.