População entre 20 e 49 anos já soma quase metade dos casos de Covid-19 em Alagoas
De acordo com o Governo do Estado quase metade das vítimas pelo vírus covid-19 são pessoas entre 20 e 49 anos, pacientes que inicialmente não constavam no grupo de risco para covid-19.
Apesar da prevalência em idosos, ninguém está imune ao contágio. De acordo com o Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (CIEVS/AL), vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), até o último dia 29, Alagoas chegou a 957 casos testados positivos para o novo coronavírus.
Ao analisar a contaminação por faixa etária, a incidência de transmissão no estado apresenta um dado surpreendente. A população entre 20 e 49 anos já soma mais da metade das pessoas contaminadas. Neste intervalo, há 594 indivíduos infectados e dez óbitos confirmados.
“Há uma crença, equivocada, de que os jovens saudáveis não morrem com a Covid-19, só os idosos. Isso não é verdade! Apesar de muito menor nas faixas etárias abaixo de 60 anos, há uma mortalidade de até 1%”, estima o cardiologista Roberto Lúcio, especialista terapia intensiva, com experiência de 22 anos em UTI.
O fato é atestado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que no início do mês disparou o alerta: aumenta número de casos graves de coronavírus entre pessoas jovens e sem doenças preexistentes. “Todos somos de risco. Pessoas jovens estão morrendo também. Ninguém está seguro quanto à ocorrência de complicações, mesmo os jovens, como se pensava”, alerta o pneumologista Artur Gomes Neto.
Outro fato relevante é que Alagoas, assim como o Brasil, apresenta uma população jovem bem mais numerosa do que países europeus, por exemplo. Segundo dados do IBGE, até agosto do ano passado, o país possuía 93% de habitantes com idade abaixo dos 60 anos. E o pior: boa parte deles vivendo em condições sociais desfavoráveis e com um alto índice de obesos – um dos fatores de risco da patologia, independentemente da idade.
“Acho que a juventude tem, naturalmente, uma sensação de imortalidade. Eles se recusam a pensar na finitude de nossa condição humana, isso os leva a uma exposição maior a situações de risco, em todos os sentidos”, considera o médico Roberto Lúcio. “Além disso, há os danos colaterais dessa atitude. Eles podem adquirir a doença viral, ter nenhum ou poucos sintomas, além de se tornarem os disseminadores de vírus para outros jovens – e, mais grave, para os grupos de maior risco: outros jovens que sofrem de alguma condição que diminui a imunidade (transplantados, em quimioterapia, portadores de diabetes, cardiopatia, obesidade, doenças autoimunes etc.) e os idosos que convivem com eles, pais, tios e avós!”, pontua o especialista.
Divisão por faixa etária
Números de casos confirmados de Covid-19 em Alagoas até 29 de abril
Abaixo de 10 anos: 15 casos
10-19 anos: 21 casos
20-29 anos: 103 casos
30-39 anos: 259 casos (faixas com maior número infectados)
40-49 anos: 232 casos
50-59 anos: 159 casos
60-69 anos: 86 casos
Acima de 70 anos: 82 casos
Apesar da prevalência em idosos, ninguém está imune ao contágio. De acordo com o Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (CIEVS/AL), vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), até o último dia 29, Alagoas chegou a 957 casos testados positivos para o novo coronavírus.
Ao analisar a contaminação por faixa etária, a incidência de transmissão no estado apresenta um dado surpreendente. A população entre 20 e 49 anos já soma mais da metade das pessoas contaminadas. Neste intervalo, há 594 indivíduos infectados e dez óbitos confirmados.
“Há uma crença, equivocada, de que os jovens saudáveis não morrem com a Covid-19, só os idosos. Isso não é verdade! Apesar de muito menor nas faixas etárias abaixo de 60 anos, há uma mortalidade de até 1%”, estima o cardiologista Roberto Lúcio, especialista terapia intensiva, com experiência de 22 anos em UTI.
O fato é atestado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que no início do mês disparou o alerta: aumenta número de casos graves de coronavírus entre pessoas jovens e sem doenças preexistentes. “Todos somos de risco. Pessoas jovens estão morrendo também. Ninguém está seguro quanto à ocorrência de complicações, mesmo os jovens, como se pensava”, alerta o pneumologista Artur Gomes Neto.
Outro fato relevante é que Alagoas, assim como o Brasil, apresenta uma população jovem bem mais numerosa do que países europeus, por exemplo. Segundo dados do IBGE, até agosto do ano passado, o país possuía 93% de habitantes com idade abaixo dos 60 anos. E o pior: boa parte deles vivendo em condições sociais desfavoráveis e com um alto índice de obesos – um dos fatores de risco da patologia, independentemente da idade.
“Acho que a juventude tem, naturalmente, uma sensação de imortalidade. Eles se recusam a pensar na finitude de nossa condição humana, isso os leva a uma exposição maior a situações de risco, em todos os sentidos”, considera o médico Roberto Lúcio. “Além disso, há os danos colaterais dessa atitude. Eles podem adquirir a doença viral, ter nenhum ou poucos sintomas, além de se tornarem os disseminadores de vírus para outros jovens – e, mais grave, para os grupos de maior risco: outros jovens que sofrem de alguma condição que diminui a imunidade (transplantados, em quimioterapia, portadores de diabetes, cardiopatia, obesidade, doenças autoimunes etc.) e os idosos que convivem com eles, pais, tios e avós!”, pontua o especialista.
Divisão por faixa etária
Números de casos confirmados de Covid-19 em Alagoas até 29 de abril
Abaixo de 10 anos: 15 casos
10-19 anos: 21 casos
20-29 anos: 103 casos
30-39 anos: 259 casos (faixas com maior número infectados)
40-49 anos: 232 casos
50-59 anos: 159 casos
60-69 anos: 86 casos
Acima de 70 anos: 82 casos
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