Bolsonaro se confunde sobre impostos e diz que redução vai quebrar
O presidente Jair Bolsonaro, que frequentemente afirma não entender nada de economia, confundiu três vezes tarifas de importação com impostos sobre empresas durante visita oficial à Índia, afirmando que redução de impostos poderia quebrar a indústria brasileira.
Indagado pelo jornalista do Valor sobre a possibilidade de reduzir impostos para as empresas no Brasil crescerem mais, como vem acenando o ministro da Economia, Paulo Guedes, e como fez recentemente o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, Bolsonaro afirmou: "O Guedes já me disse que, se fizer de uma hora para outra, ele quebra a indústria nacional", disse.
"E imposto não é só o governo federal. Temos os estaduais e os municipais."
Mais tarde, o repórter tentou novamente. "Presidente, a Índia está começando a recuperar a economia um pouco mais, e o (Modi) tem reduzido impostos sobre as empresas, o senhor acha que é o caso de reduzir impostos sobre empresas no Brasil? Porque a promessa era de reduzir pela metade..."
De novo, Bolsonaro voltou a dizer que tem conversado com Guedes e que não é possível reduzir de uma hora para outra. "Se reduzir de uma forma abrupta, você vai quebrar, vai desnacionalizar... Agora, a carga tributária do Brasil é um absurdo. Mas não culpe só a mim -os estados têm independência e autonomia para mexer no percentual dos impostos. É bastante complexo."O jornalista persistiu. "Mas o senhor não acha que, se reduzirmos o imposto sobre as empresas, elas vão é aumentar o investimento?" O presidente concordou, dizendo que o líder americano Donald Trump havia feito isso, e a economia havia crescido.
"Mas o senhor disse que, se reduzirmos os impostos, pode desnacionalizar...", questionou o repórter."Olha, a gente sempre busca industrialização, tendo preferência sobre importação, esse é o objetivo final, mas se for devagar, dá para diminuir...Você viu a briga dos EUA com a China?", disse o presidente brasileiro.
"Ou seja, o senhor não está falando sobre os impostos sobre as empresas, mas sim sobre os impostos de importação..", acudiu o repórter."É, os impostos são muito caros no Brasil..."Ao final da conversa com jornalistas, ao ser perguntado pela repórter do Correio Braziliense sobre que tipo de reforma tributária defende, Bolsonaro jogou a toalha."Eu já falei que não entendo nada de economia. Eu contratei um 'posto Ipiranga'... E eu não vou contratar o Nelson Piquet para trabalhar comigo e botar do lado, enquanto eu dirijo o carro."Outra confusão foi a respeito da meta de intercâmbio comercial entre Brasil e Índia. Em sua conta do Twitter, Bolsonaro anunciou que Modi havia dito em reunião bilateral: " O comércio, por exemplo, que hoje movimenta USD 6 bilhões/ano, poderá passar de USD 50 bilhões até 2022, como estima o PM".No entanto, a declaração oficial da visita fala apenas em "meta realista de US$ 15 bilhões" até 2022.Em 2019, a corrente de comércio entre os dois países foi de US$ 7 bilhões, ou seja, teria de aumentar sete vezes em três anos para chegar à estimativa mencionada por Bolsonaro.Perguntado, Bolsonaro reiterou que Modi havia dito isso, e afirmou que também achava a meta ambiciosa.No entanto, um aliado do presidente esclareceu que houve um erro de tradução –fifty (50 em inglês) e fifteen (15 em inglês) soam de forma semelhante. Mas o mesmo aliado diz que quem cometeu o erro foi o tradutor.
Indagado pelo jornalista do Valor sobre a possibilidade de reduzir impostos para as empresas no Brasil crescerem mais, como vem acenando o ministro da Economia, Paulo Guedes, e como fez recentemente o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, Bolsonaro afirmou: "O Guedes já me disse que, se fizer de uma hora para outra, ele quebra a indústria nacional", disse.
"E imposto não é só o governo federal. Temos os estaduais e os municipais."
Mais tarde, o repórter tentou novamente. "Presidente, a Índia está começando a recuperar a economia um pouco mais, e o (Modi) tem reduzido impostos sobre as empresas, o senhor acha que é o caso de reduzir impostos sobre empresas no Brasil? Porque a promessa era de reduzir pela metade..."
De novo, Bolsonaro voltou a dizer que tem conversado com Guedes e que não é possível reduzir de uma hora para outra. "Se reduzir de uma forma abrupta, você vai quebrar, vai desnacionalizar... Agora, a carga tributária do Brasil é um absurdo. Mas não culpe só a mim -os estados têm independência e autonomia para mexer no percentual dos impostos. É bastante complexo."O jornalista persistiu. "Mas o senhor não acha que, se reduzirmos o imposto sobre as empresas, elas vão é aumentar o investimento?" O presidente concordou, dizendo que o líder americano Donald Trump havia feito isso, e a economia havia crescido.
"Mas o senhor disse que, se reduzirmos os impostos, pode desnacionalizar...", questionou o repórter."Olha, a gente sempre busca industrialização, tendo preferência sobre importação, esse é o objetivo final, mas se for devagar, dá para diminuir...Você viu a briga dos EUA com a China?", disse o presidente brasileiro.
"Ou seja, o senhor não está falando sobre os impostos sobre as empresas, mas sim sobre os impostos de importação..", acudiu o repórter."É, os impostos são muito caros no Brasil..."Ao final da conversa com jornalistas, ao ser perguntado pela repórter do Correio Braziliense sobre que tipo de reforma tributária defende, Bolsonaro jogou a toalha."Eu já falei que não entendo nada de economia. Eu contratei um 'posto Ipiranga'... E eu não vou contratar o Nelson Piquet para trabalhar comigo e botar do lado, enquanto eu dirijo o carro."Outra confusão foi a respeito da meta de intercâmbio comercial entre Brasil e Índia. Em sua conta do Twitter, Bolsonaro anunciou que Modi havia dito em reunião bilateral: " O comércio, por exemplo, que hoje movimenta USD 6 bilhões/ano, poderá passar de USD 50 bilhões até 2022, como estima o PM".No entanto, a declaração oficial da visita fala apenas em "meta realista de US$ 15 bilhões" até 2022.Em 2019, a corrente de comércio entre os dois países foi de US$ 7 bilhões, ou seja, teria de aumentar sete vezes em três anos para chegar à estimativa mencionada por Bolsonaro.Perguntado, Bolsonaro reiterou que Modi havia dito isso, e afirmou que também achava a meta ambiciosa.No entanto, um aliado do presidente esclareceu que houve um erro de tradução –fifty (50 em inglês) e fifteen (15 em inglês) soam de forma semelhante. Mas o mesmo aliado diz que quem cometeu o erro foi o tradutor.
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