MPF recomenda que governo suspenda inscrições do Sisu
O Ministério Público Federal enviou na tarde desta quarta-feira (22) uma recomendação ao governo para que sejam suspensas as inscrições do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2020, e que o cronograma da seleção unificada seja modificado. O Ministério da Educação (MEC) não é obrigado a cumprir a recomendação do MPF.
Segundo a nota do MPF, o pedido é para que o adiamento ocorra até que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) confira os gabaritos de todos os candidatos do Exame Nacional do Ensino médio (Enem). A nota diz, ainda que são inúmeras as queixas de cidadãos, pais e/ou estudantes já recebidas pela instituição.
De acordo com o MPF, o documento foi encaminhado ao ministro da Educação, ao secretario de Educação Superior do MEC e ao Inep. A recomendação foi assinada pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em Minas Gerais e a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (Pfdc), além do Grupo de Trabalho da Pfdc sobre Educação em Direitos Humanos.
O Inep já havia afirmado na última segunda-feira (20) que "todas as provas dos 3,9 milhões de participantes foram analisadas" e que delas o instituto "identificou inconsistências nas notas de 5.974 participantes do Enem 2019, o que representa 0,15% do total de presentes".
Erro nas notas do Enem
Na última sexta-feira (17), assim que as notas individuais do Enem 2019 foram divulgadas, relatos de avaliações diferentes entre candidatos que tiveram o mesmo número de acertos ou notas próximas a zero com número alto de acertos começaram a aparecer nas redes sociais.
Questionado pela TV Globo, o Inep informou que as notas eram calculadas com base na Teoria de Resposta ao Item (TRI). Esta metodologia avalia se o estudante acertou as questões fáceis e difíceis ou só as difíceis, por exemplo - uma espécie de método "antichute" - em vez de só contabilizar o número de acertos.
Mas, candidatos ouvidos pelo G1 afirmam que o erro extrapola a variação de notas da TRI: houve quem acerou 36 questões entre as 45 e teve nota 350 - algo próximo ao mínimo do Enem. Outra participante disse que acertou 35 das 45 questões e teve nota 386,9.
No sábado (18), Weintraub e Alexandre Lopes afirmaram que houve falhas na correção das provas do segundo dia, o que atingia "um grupo muito pequeno". No domingo(19), o Inep informou que estava revisando as notas dos dois dias de provas do Enem 2019.
Ao fim da revisão das notas, foram identificados problemas em 5.974 provas - 96,7% estavam concentrados em 4 cidades: Alagoinhas (BA); Viçosa (MG); Ituiutaba (MG) e Iturama (MG).
Em entrevista à imprensa na última segunda-feira (20), o presidente do Inep, Alexandre Lopes, afirmou que o erro ocorreu na gráfica Valid Soluções S.A.
Lopes explicou que a gráfica imprime o caderno de questões do candidato, que é identificado com um código de barras do aluno. Depois, imprime o cartão de respostas (gabarito), que também tem um código. Outra máquina une estes dois documentos. O erro ocorreu nesta união e na geração do código de barras.
Segundo a nota do MPF, o pedido é para que o adiamento ocorra até que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) confira os gabaritos de todos os candidatos do Exame Nacional do Ensino médio (Enem). A nota diz, ainda que são inúmeras as queixas de cidadãos, pais e/ou estudantes já recebidas pela instituição.
De acordo com o MPF, o documento foi encaminhado ao ministro da Educação, ao secretario de Educação Superior do MEC e ao Inep. A recomendação foi assinada pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em Minas Gerais e a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (Pfdc), além do Grupo de Trabalho da Pfdc sobre Educação em Direitos Humanos.
O Inep já havia afirmado na última segunda-feira (20) que "todas as provas dos 3,9 milhões de participantes foram analisadas" e que delas o instituto "identificou inconsistências nas notas de 5.974 participantes do Enem 2019, o que representa 0,15% do total de presentes".
Erro nas notas do Enem
Na última sexta-feira (17), assim que as notas individuais do Enem 2019 foram divulgadas, relatos de avaliações diferentes entre candidatos que tiveram o mesmo número de acertos ou notas próximas a zero com número alto de acertos começaram a aparecer nas redes sociais.
Questionado pela TV Globo, o Inep informou que as notas eram calculadas com base na Teoria de Resposta ao Item (TRI). Esta metodologia avalia se o estudante acertou as questões fáceis e difíceis ou só as difíceis, por exemplo - uma espécie de método "antichute" - em vez de só contabilizar o número de acertos.
Mas, candidatos ouvidos pelo G1 afirmam que o erro extrapola a variação de notas da TRI: houve quem acerou 36 questões entre as 45 e teve nota 350 - algo próximo ao mínimo do Enem. Outra participante disse que acertou 35 das 45 questões e teve nota 386,9.
No sábado (18), Weintraub e Alexandre Lopes afirmaram que houve falhas na correção das provas do segundo dia, o que atingia "um grupo muito pequeno". No domingo(19), o Inep informou que estava revisando as notas dos dois dias de provas do Enem 2019.
Ao fim da revisão das notas, foram identificados problemas em 5.974 provas - 96,7% estavam concentrados em 4 cidades: Alagoinhas (BA); Viçosa (MG); Ituiutaba (MG) e Iturama (MG).
Em entrevista à imprensa na última segunda-feira (20), o presidente do Inep, Alexandre Lopes, afirmou que o erro ocorreu na gráfica Valid Soluções S.A.
Lopes explicou que a gráfica imprime o caderno de questões do candidato, que é identificado com um código de barras do aluno. Depois, imprime o cartão de respostas (gabarito), que também tem um código. Outra máquina une estes dois documentos. O erro ocorreu nesta união e na geração do código de barras.
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