MP/AL aponta que brigas no clássico reforçam pedido para extinção de torcidas organizadas

Por Redação com Gazetaweb.com 23/04/2019 15h03 - Atualizado em 23/04/2019 19h07
Por Redação com Gazetaweb.com 23/04/2019 15h03 Atualizado em 23/04/2019 19h07
MP/AL aponta que brigas no clássico reforçam pedido para extinção de torcidas organizadas
Vítima foi agredida com vários chutes na região do rosto - Foto: Reprodução/Gazetaweb
O promotor de Justiça Max Martins de Oliveira foi designado, nesta terça-feira (23), para apurar a agressão contra um torcedor do Centro Sportivo Alagoano (CSA), cometida por integrantes vestidos com uniformes do Clube de Regatas Brasil (CRB), no último domingo (21), dia da final do Campeonato Alagoano de Futebol.

De acordo com o promotor, as imagens, que mostram um grupo de supostos torcedores do CRB desferindo golpes violentos contra um outro homem vestido com o uniforme do CSA, reforçam a tese defendida há 14 anos pelo Ministério Público de Alagoas (MP/AL), que pede a extinção de torcidas organizadas no estado.

Max Martins contou à Gazetaweb que vai oficiar nessa quarta-feira (24) o delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Paulo Cerqueira, para que ele designe algum delegado para apurar os fatos e que seja aberto um inquérito. "Pelo que se vê na gravação estas pessoas podem ser acusadas até de tentativa de homicídio. São desferidos golpes violentos contra o rosto da vítima que já está caída", lembra.

Além de Paulo Cerqueira, o promotor revelou que vai oficiar também o presidente da torcida organizada Comando Vermelho, alusiva ao CRB, para que ele identifique quem são as pessoas nas imagens que estariam agredido o torcedor. "Já imagino o que ele vai responder: que não tem como identificá-los. Então, se ele não consegue identificar os associados de sua agremiação, ela é ilícita", argumentou.

Além destes, Max Martins informou que o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), Tutmés Airan, deve receber um ofício nesta quarta-feira (24) para que anexe os fatos registrados no domingo à ação civil pública de autoria do MP/AL que pede a extinção das torcidas organizadas. "Estes fatos só reforçam o que é notório. Todo clássico é a mesma coisa, pessoas já foram assassinadas", frisa.

Max Martins lembrou que o MP/AL recorreu da decisão da Justiça que negou o fim das torcidas organizadas. Segundo ele, já foram apresentados embargos e aguarda decisão acerca do assunto.