Golpe rouba linha de celular para usar dados e WhatsApp da vítima; confira!

Por Redação com R7 05/04/2019 09h09 - Atualizado em 05/04/2019 13h01
Por Redação com R7 05/04/2019 09h09 Atualizado em 05/04/2019 13h01
Golpe rouba linha de celular para usar dados e WhatsApp da vítima; confira!
Foto: Reprodução/Internet
Uma fraude de telefonia móvel tem se tornado cada vez mais comum no país. Golpistas roubam a linha de celular, entram em aplicativos de trocas de mensagens, se passam pelas vítimas e enviam mensagens aos amigos que estão na lista de contatos para pedir dinheiro.

Uma das vítimas conta que teve um prejuízo de aproximadamente R$ 8 mil. Amigos caíram no golpe e fizeram a transferência bancária. As vítimas pediram sigilo à reportagem e, por isso, aparecerão com nomes fictícios para que as identidades sejam preservadas.

“Na segunda à noite [1º de abril], saí de casa e, do nada, meu telefone ficou sem sinal. Resetava a rede móvel, tirava o chip e o sinal não voltava. Depois de um tempo, consegui me conectar pelo Wi-Fi e percebi que estava acontecendo alguma coisa de diferente”, relata um cliente da operadora Claro.

A princípio, João pensou que se tratava de algum vírus. Porém, como o sinal não voltava, entrou em contato com a operadora de telefonia móvel e, para sua surpresa, descobriu que a linha não estava mais em seu nome e constava no CPF de uma outra pessoa.

“Liguei lá para contar o que estava acontecendo e a atendente falou que o número não estava no meu nome. Expliquei que a linha era minha há nove anos, mas meu número estava no nome de outra pessoa. Foi aí que percebi que era uma coisa mais grave.”

Ainda sem sinal, João decidiu, então, passar em uma loja da Claro para relatar o incidente. “Fiz todo o procedimento e só depois disso fui para casa. Foi só aí que descobri que nesse meio tempo os golpistas estavam se passando por mim”, contou. “Dois amigos caíram na história que eles inventaram e transferiram o dinheiro.”

Os amigos de João transferiram perto de R$ 5 mil. Mas o golpe não parou por aí. Com acesso a todos os dados, os golpistas conseguiram também acesso à conta dele e fizeram transferências bancárias. Somando o prejuízo dos amigos e o de João, o golpe foi de R$ 8 mil.

“Eles entraram na minha conta do banco online e pegaram todo o dinheiro que tinha lá. Como eles estavam com o meu número, eles tiveram acesso ao código de segurança enviado pelo banco e conseguiram entrar. Na verdade, eles tiveram acesso a tudo que é meu, todas as minhas conversas de WhatsApp, tudo”, lamenta.

A vítima – que precisou trocar de número e acabou mudando de operadora – fez boletim de ocorrência sobre a fraude, precisou ir mais vezes à operadora, mas ainda enfrenta um problema: como a linha não está em seu CPF, não consegue bloqueá-la.

“O pior de tudo é que quando ligo lá e passo meus dados, eles dizem que não podem bloquear a linha porque não está no meu nome. E sempre que entro no WhatsApp, vejo que eles estão online.”

Outro lado

A reportagem entrou em contato com as operadoras Claro e Vivo. Ambas enviaram posicionamento ao R7 assegurando que investem em segurança. Confira, na íntegra, as respostas.

Vivo

“A Vivo revisa constantemente as suas políticas e procedimentos de segurança na busca permanente pelos mais altos controles de segurança nos acessos às informações dos seus clientes.

A linha do cliente, do caso mencionado pela reportagem, já está em análise. A empresa ressalta que mantém em sua página na Internet orientações para a prevenção de fraudes e orienta, como medida preventiva, que em situações suspeitas o cliente confirme a veracidade das informações com o solicitante utilizando outros meios de contato. Para relatar atividades suspeitas, o cliente pode enviar um e-mail para [email protected] , entrar em contato com call center ligando no *8486 ou ir até uma das lojas Vivo.”

Claro

“A Claro Brasil informa que investe constantemente em políticas e procedimentos de segurança, adotando medidas rígidas para evitar ações indevidas contra seus clientes. Sobre o fato relatado, a empresa informa que está apurando o caso internamente e já entrou em contato com o cliente.”