Vendedora assassinada em shopping no CE relatou ter recebido ameaças; amigo alertou

Por G1 15/01/2019 18h06 - Atualizado em 15/01/2019 21h09
Por G1 15/01/2019 18h06 Atualizado em 15/01/2019 21h09
Vendedora assassinada em shopping no CE relatou ter recebido ameaças; amigo alertou
Foto: Reprodução
A vendedora Lidiane Gomes da Silva, assassinada na manhã desta terça-feira (15) pelo ex-companheiro dentro de um shopping em Maracanaú, havia relatado a um amigo, em conversa pelo WhatsApp, que sofria ameaças após a separação. O homem se matou em seguida, de acordo com a Polícia Civil.

"Deixei aquele louco. Ele falou um monte de chantagem. Me ameaçou. Mas hoje ele tá mais conformado", disse a vítima, em um trecho da conversa. "Eu disse que, se ele não parasse, eu ia fazer um b.o. contra ele. Aí ele parou, agora ele só liga", continua Lidiane.

De acordo com a Polícia Civil, Alighiery Silva, o ex-companheiro de Lidiane invadiu a loja de um shopping na Grande Fortaleza e atirou em Lidiane, que morreu na hora. A arma usada no crime foi furtada de uma escrivã do 24º Distrito Policial, onde o Silva trabalha.

O shopping se manifestou por meio de nota informando que "acionou o mais rápido possível as autoridades competentes e que segue prestando todo o suporte necessário para o esclarecimento dos fatos. O estabelecimento transmite sua solidariedade aos familiares dos envolvidos e reforça que seguirá prestando todo o suporte necessário aos entes das vítimas".
 

 

Lojas fechadas

Uma testemunha do crime afirmou ao G1 que ouviu "três, quatros" tiros sendo disparados contra Lidiane. Os disparos assustaram as pessoas que estavam no shopping, e alguns lojistas fecharam as portas.

"Me escondi dentro de uma loja, foram uns três, quatro tiros e muitas pessoas fecharam as lojas. Depois de um tempo é que a gente saiu. O que a gente sabe é que ela é funcionária de uma loja do shopping e veio um homem matou ela e depois e matou", disse a testemunha.

Equipes da Polícia Militar do Ceará (PMCE), do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil e da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) foram acionados para o local e deram início aos primeiros levantamentos da investigação.