Bombeiros registram quase 200 mortes por afogamento em Alagoas neste ano

Por Jornal Hoje 20/10/2018 16h04 - Atualizado em 20/10/2018 19h07
Por Jornal Hoje 20/10/2018 16h04 Atualizado em 20/10/2018 19h07
Bombeiros registram quase 200 mortes por afogamento em Alagoas neste ano
Foto: Reprodução/TV Gazeta
Alagoas teve 190 mortes por afogamento de janeiro até a primeira quinzena de outubro deste ano. O número já é maior que o registrado em todo o ano de 2017, quando houve 142 mortes. A informação é do Corpo de Bombeiros.

A Praia do Francês, um dos principais destinos turísticos do estado, tem o maior índice de afogamento do litoral. Mesmo com placas informando do perigo, ainda há quem se arrisque no mar.

Para ajudar no socorro de possíveis vítimas, surfistas estão sendo treinados para atuar em apoio aos bombeiros militares no litoral do estado.

"O maior índice de afogamentos acontece em praias com ondas. Então, a gente está unindo o útil ao agradável. Os surfistas como ferramenta, e eles com a melhor ferramenta deles, que é a prancha, sendo capacitados para realizar o salvamento, os primeiros socorros, e ajudar na prevenção. Ajudar a salvar vidas", disse o tenente-coronel Carlos Burity, comandante do Grupamento de Salvamento Aquático.

A prevenção é importante para evitar que o afogamento termine em morte. Ao todo, os bombeiros registraram 2,8 mil ocorrências de afogamento neste ano, somando as mortes e os casos em que o afogado foi resgatado com vida.

Além disso, houve 20 mil alertas a banhistas nestes 10 meses. E os surfistas, que estão sempre no mar, sabem da importância que têm nesse trabalho de prevenção.

"As pessoas nem avisam, mas visualmente você vê que ela está em uma situação de risco. Então, você oferece a prancha pra uma pessoa e acaba evitando um incidente", diz o surfista Vidda Cavalcante.

Alguns banhistas sabem o perigo que correm ao tomar banho em alguns trechos da Praia do Francês, onde o mar é mais agitado.

"A onda tende a puxar a gente pra dentro do mar, se a gente se descuidar, ou pra quem não sabe nadar, o risco aumenta", reconhece Hugo Pessoa, técnico em eletrônica industrial.