Alagoas tem cerca de 60% dos municípios com risco de desertificação, diz estudo ambiental
Cerca de 60% dos municípios de Alagoas são suscetíveis à desertificação. A informação foi apresentada nesta quinta-feira (14) durante um seminário em combate à desertificação que aconteceu no Centro Universitário Tiradentes (Unit), em Maceió.
Um estudo feito pelo geógrafo Esdras Andrade mostrou que os municípios de Monteirópolis, Palestina, São José da Tapera, Jacaré dos Homens, Pão de Açúcar, Batalha, Belo Monte e Jaramataia são os mais propícios a sofrer com esse problema.
Os fatores considerados nesse estudo foram o climático, e a capacidade de absorção do solo e manutenção da vegetação. A desertificação é um desequilíbrio ambiental muito grave que pode até mesmo deixar o solo infértil.
Andrade disse ao G1 que Alagoas não tem nenhum município desertificado atualmente, mas as cidades de Maravilha, Ouro Branco e Mata Grande estão em fase de arenização, que é um processo que acontece antes de o local se tornar desertificado.
"A desertificação é a esterilidade do solo. É ele não ter vida para poder sustentar uma vegetação e nem os microorganismos que sobrevivem dele. O processo de arenização acontece quando o solo perde argila e silte, e resta só a areia", disse.
Em 2015, diversos agricultores foram obrigados a substituir a lavoura pela criação de animais por conta do fenômeno da desertificação, que também vem afetando o Produto Interno Bruto (PIB) do estado.
Estratégias
Para combater a desertificação nessas áreas, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh), em parceria com o Instituto do Meio Ambiente (IMA-AL), vai iniciar o plantio de cerca de 250 mil mudas para combater o desmatamento.
A ação faz parte de um planejamento do estado para evitar que as áreas desenvolvam problemas de desertificação.
"A nossa ideia é que essas áreas tenham uma ação preventiva. Pra evitar que ocorra a migração do homem do campo para a cidade, para evitar problemas sociais. Ninguém quer sair da suas raízes ou ser expulso porque a terra se tornou totalmente improdutiva", disse o procurador-geral do Ministério Público de Contas, Enio Pimenta.
De acordo com o secretário-executivo da Semarh, Edilson Ramos, o plano de ação estadual busca levar capacitação às pessoas dessas regiões, além de oferecer ajuda através de associações municipais.
"Temos diversas ações sendo executadas com o plano estadual. Temos mais de 35 mil famílias com acesso à água, através de cisternas. Tudo isso é importante para que a gente consiga obter esses resultados que tanto sonhamos, construímos e queremos realizar", disse o secretário.
Um estudo feito pelo geógrafo Esdras Andrade mostrou que os municípios de Monteirópolis, Palestina, São José da Tapera, Jacaré dos Homens, Pão de Açúcar, Batalha, Belo Monte e Jaramataia são os mais propícios a sofrer com esse problema.
Os fatores considerados nesse estudo foram o climático, e a capacidade de absorção do solo e manutenção da vegetação. A desertificação é um desequilíbrio ambiental muito grave que pode até mesmo deixar o solo infértil.
Andrade disse ao G1 que Alagoas não tem nenhum município desertificado atualmente, mas as cidades de Maravilha, Ouro Branco e Mata Grande estão em fase de arenização, que é um processo que acontece antes de o local se tornar desertificado.
"A desertificação é a esterilidade do solo. É ele não ter vida para poder sustentar uma vegetação e nem os microorganismos que sobrevivem dele. O processo de arenização acontece quando o solo perde argila e silte, e resta só a areia", disse.
Em 2015, diversos agricultores foram obrigados a substituir a lavoura pela criação de animais por conta do fenômeno da desertificação, que também vem afetando o Produto Interno Bruto (PIB) do estado.
Estratégias
Para combater a desertificação nessas áreas, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh), em parceria com o Instituto do Meio Ambiente (IMA-AL), vai iniciar o plantio de cerca de 250 mil mudas para combater o desmatamento.
A ação faz parte de um planejamento do estado para evitar que as áreas desenvolvam problemas de desertificação.
"A nossa ideia é que essas áreas tenham uma ação preventiva. Pra evitar que ocorra a migração do homem do campo para a cidade, para evitar problemas sociais. Ninguém quer sair da suas raízes ou ser expulso porque a terra se tornou totalmente improdutiva", disse o procurador-geral do Ministério Público de Contas, Enio Pimenta.
De acordo com o secretário-executivo da Semarh, Edilson Ramos, o plano de ação estadual busca levar capacitação às pessoas dessas regiões, além de oferecer ajuda através de associações municipais.
"Temos diversas ações sendo executadas com o plano estadual. Temos mais de 35 mil famílias com acesso à água, através de cisternas. Tudo isso é importante para que a gente consiga obter esses resultados que tanto sonhamos, construímos e queremos realizar", disse o secretário.
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