Zidane surpreende e anuncia saída do Real Madrid
trajetória de Zinedine Zidane como comandante do Real Madrid chegou ao fim. Campeão europeu pela terceira vez seguida no último sábado, o francês decidiu deixar o comando da equipe após dois anos e meio. Zizou fez o anúncio de sua decisão na manhã desta quinta-feira, ao convocar uma entrevista coletiva de forma surpreendente, ao lado do presidente Florentino Pérez.
- Eu tomei a decisão de não continuar como técnico do Real Madrid. É um momento estranho, mas esse time precisa de uma mudança para continuar vencendo, precisa de outro discurso, outra metodologia de trabalho. E é por isso que tomei essa decisão - explicou o treinador em seu anúncio.
Zidane fez questão de repetir diversas vezes que sua decisão de sair justamente em um momento vencedor se deu por conta da necessidade da equipe de ter um fato novo para as próximas temporadas. O comandante deixou claro que vislumbrava para as próximas temporadas uma maior dificuldade para conquistar títulos.
O presidente Florentino Pérez, que acompanhou Zizou durante o anúncio e a entrevista coletiva do técnico, não conseguiu esconder sua surpresa com a decisão do treinador - que é o primeiro a deixar o Santiago Bernabéu por vontade própria, e não por uma demissão, em toda a gestão do mandatário.
- Depois de ganhar uma copa europeia, é uma decisão inesperada, mas só podemos aceitar a decisão e respeitá-la. A mim, causou um grande impacto quando soube da decisão. Gostaria de convencê-lo, mas sei como é. Quero agradecer sua entrega, carinho e tudo que fez pelo Real Madrid nestes anos. Não é uma despedida, é um "até logo". Mas, sim, precisa de descanso, e também merece - disse Florentino.
O francês fez questão de agradecer à torcida por todo o carinho recebido desde que assumiu o comando do clube, em janeiro de 2016, e recordou até mesmo o quanto contava com a boa vontade dos fãs em sua época de jogador. Lembrando sua trajetória no clube como atleta e agora como treinador, o astro deixou as portas abertas para um retorno.
- Claro que pode ser um "até logo". O Real me deu tudo, e vou estar por aqui, perto deste clube toda a vida. A decisão para muitos não tem sentido, mas para mim, sim. É o momento de fazer uma mudança - completou.
Zidane deixa o comando do Real Madrid após dois anos e meio como treinador do time principal - onde chegou para substituir Rafa Benítez, demitido no meio da temporada 2015/16. Antes, havia trabalhado como auxiliar de Carlo Ancelotti na conquista da Champions em 2013/14, e iniciado trajetória à frente do time B merengue, o Castilla. Ele se despede do Santiago Bernabéu tendo levado o time a nove conquistas neste período: três Ligas dos Campeões, dois Mundiais de Clubes, um Campeonato Espanhol, duas Supercopas da Uefa e uma Supercopa da Espanha.
Confira outros trechos da entrevista de Zidane:
Recado para a torcida
- Como treinador e jogador, sempre me apoiaram. Tenho um carinho especial por esta torcida e tenho que agracer outra vez por seu apoio. Há momentos complicados em uma temporada, e nós vivemos, quando houve vaias. Mas isto é parte deste clube. É uma torcida exigente, mas os jogadores precisam. Quando tem momentos complicados, tem que dar a cara, e que a torcida te aperte.
Recado para os jogadores
- Os jogadores precisam de uma mudança. Quero agradecê-los porque são eles que lutam em campo. A história deste clube é muito grande, e sempre apertamos os jogadores e pedimos mais. Mas chega um momento que o que mais vou pedir, com relação ao que fizeram comigo. Por isso, acredito que precisam de outro discurso. Eles sabem da minha decisão, o elenco sabe por mensagem. Vou falar com os capitães, já falei com Sergio Ramos.
Havia dito que seguiria
- Há momentos complicados em que pode pensar que você é a pessoa adequada. Há momentos duros e momentos muito bonitos, acabamos com um momento espetacular. Mas há momentos complicados na temporada, e isso te faz refletir.
O que mudou?
- Não mudou nada. É um desgaste natural. Quando digo isso em 20 de fevereiro, não penso, digo com sinceridade. O que dizia é que neste clube pode acabar de um momento a outro. No dia a dia, acabou para mim, depois de três anos. Não estou cansado de treinar. Estou há três anos, mas o momento aqui se acabou.
Futuro
- Não busco outro time. A mensagem para o elenco, creio que receberam. Falei com Sergio (Ramos), e ele, como sempre, como capitão e pessoa, que jogamos juntos, respeita minha decisão e me desejou sorte. É um elenco que sempre demonstrou que é muito válido. O que vem agora não sou eu que tenho que falar.
Por que sai?
- É tudo mais simples do que parece. Há etapas em que se está muito forte e tem que saber quando parar. Eu faço pelo bem do time. Comigo, seria complicado ganhar no ano que vem. Vimos que foi complicado este ano na liga, momentos que não esqueço. E quando estamos neste clube, tem que saber. Se trata de viver outra temporada, seguir e começar uma temporada que acabe mal. Não quero. Quero que acabe bem esta etapa no Real Madrid.
Melhor e pior lembrança
- Minha melhor lembrança é quando o presidente me trouxe. Vivi o sonho de muitos jogadores, jogar um dia no Real Madrid. O mais importante e o mais bonito foi quando o presidente me trouxe para jogar neste grande clube. Como treinador, ter ganho a Liga, foi o máximo. Neste ano, o pior momento foi o jogo contra o Leganés.
Desgaste
- O cargo de treinador tem esta parte. Compartilhei com o presidente duas vezes, sobre contratações, o que queria fazer com o elenco. Não por isso a decisão. Se gosta de treinar, é parte importante de seu cargo. É uma decisão para o bem de todos. O meu, primeiro, e também do elenco. Uma mudança necessária para seguir ganhando.
O que leva do clube
- Serenidade, trabalho, entrega, o que é este clube. Ter o respeito dos jogadores foi fundamental. Os jogadores não têm nada a ver com minha decisão. Depois de três anos com um treinador é difícil. Sou ganhador, gosto de ganhar em qualquer coisa, não gosto de perder. Se tenho a sensação de que não vou ganhar, tem que fazer uma mudança. Como jogador, quando vi que não estava ganhando, saí. Não culpo ninguém. Eu posso ter culpa. Tomei a decisão e me vou.
- Eu tomei a decisão de não continuar como técnico do Real Madrid. É um momento estranho, mas esse time precisa de uma mudança para continuar vencendo, precisa de outro discurso, outra metodologia de trabalho. E é por isso que tomei essa decisão - explicou o treinador em seu anúncio.
Zidane fez questão de repetir diversas vezes que sua decisão de sair justamente em um momento vencedor se deu por conta da necessidade da equipe de ter um fato novo para as próximas temporadas. O comandante deixou claro que vislumbrava para as próximas temporadas uma maior dificuldade para conquistar títulos.
O presidente Florentino Pérez, que acompanhou Zizou durante o anúncio e a entrevista coletiva do técnico, não conseguiu esconder sua surpresa com a decisão do treinador - que é o primeiro a deixar o Santiago Bernabéu por vontade própria, e não por uma demissão, em toda a gestão do mandatário.
- Depois de ganhar uma copa europeia, é uma decisão inesperada, mas só podemos aceitar a decisão e respeitá-la. A mim, causou um grande impacto quando soube da decisão. Gostaria de convencê-lo, mas sei como é. Quero agradecer sua entrega, carinho e tudo que fez pelo Real Madrid nestes anos. Não é uma despedida, é um "até logo". Mas, sim, precisa de descanso, e também merece - disse Florentino.
O francês fez questão de agradecer à torcida por todo o carinho recebido desde que assumiu o comando do clube, em janeiro de 2016, e recordou até mesmo o quanto contava com a boa vontade dos fãs em sua época de jogador. Lembrando sua trajetória no clube como atleta e agora como treinador, o astro deixou as portas abertas para um retorno.
- Claro que pode ser um "até logo". O Real me deu tudo, e vou estar por aqui, perto deste clube toda a vida. A decisão para muitos não tem sentido, mas para mim, sim. É o momento de fazer uma mudança - completou.
Zidane deixa o comando do Real Madrid após dois anos e meio como treinador do time principal - onde chegou para substituir Rafa Benítez, demitido no meio da temporada 2015/16. Antes, havia trabalhado como auxiliar de Carlo Ancelotti na conquista da Champions em 2013/14, e iniciado trajetória à frente do time B merengue, o Castilla. Ele se despede do Santiago Bernabéu tendo levado o time a nove conquistas neste período: três Ligas dos Campeões, dois Mundiais de Clubes, um Campeonato Espanhol, duas Supercopas da Uefa e uma Supercopa da Espanha.
Confira outros trechos da entrevista de Zidane:
Recado para a torcida
- Como treinador e jogador, sempre me apoiaram. Tenho um carinho especial por esta torcida e tenho que agracer outra vez por seu apoio. Há momentos complicados em uma temporada, e nós vivemos, quando houve vaias. Mas isto é parte deste clube. É uma torcida exigente, mas os jogadores precisam. Quando tem momentos complicados, tem que dar a cara, e que a torcida te aperte.
Recado para os jogadores
- Os jogadores precisam de uma mudança. Quero agradecê-los porque são eles que lutam em campo. A história deste clube é muito grande, e sempre apertamos os jogadores e pedimos mais. Mas chega um momento que o que mais vou pedir, com relação ao que fizeram comigo. Por isso, acredito que precisam de outro discurso. Eles sabem da minha decisão, o elenco sabe por mensagem. Vou falar com os capitães, já falei com Sergio Ramos.
Havia dito que seguiria
- Há momentos complicados em que pode pensar que você é a pessoa adequada. Há momentos duros e momentos muito bonitos, acabamos com um momento espetacular. Mas há momentos complicados na temporada, e isso te faz refletir.
O que mudou?
- Não mudou nada. É um desgaste natural. Quando digo isso em 20 de fevereiro, não penso, digo com sinceridade. O que dizia é que neste clube pode acabar de um momento a outro. No dia a dia, acabou para mim, depois de três anos. Não estou cansado de treinar. Estou há três anos, mas o momento aqui se acabou.
Futuro
- Não busco outro time. A mensagem para o elenco, creio que receberam. Falei com Sergio (Ramos), e ele, como sempre, como capitão e pessoa, que jogamos juntos, respeita minha decisão e me desejou sorte. É um elenco que sempre demonstrou que é muito válido. O que vem agora não sou eu que tenho que falar.
Por que sai?
- É tudo mais simples do que parece. Há etapas em que se está muito forte e tem que saber quando parar. Eu faço pelo bem do time. Comigo, seria complicado ganhar no ano que vem. Vimos que foi complicado este ano na liga, momentos que não esqueço. E quando estamos neste clube, tem que saber. Se trata de viver outra temporada, seguir e começar uma temporada que acabe mal. Não quero. Quero que acabe bem esta etapa no Real Madrid.
Melhor e pior lembrança
- Minha melhor lembrança é quando o presidente me trouxe. Vivi o sonho de muitos jogadores, jogar um dia no Real Madrid. O mais importante e o mais bonito foi quando o presidente me trouxe para jogar neste grande clube. Como treinador, ter ganho a Liga, foi o máximo. Neste ano, o pior momento foi o jogo contra o Leganés.
Desgaste
- O cargo de treinador tem esta parte. Compartilhei com o presidente duas vezes, sobre contratações, o que queria fazer com o elenco. Não por isso a decisão. Se gosta de treinar, é parte importante de seu cargo. É uma decisão para o bem de todos. O meu, primeiro, e também do elenco. Uma mudança necessária para seguir ganhando.
O que leva do clube
- Serenidade, trabalho, entrega, o que é este clube. Ter o respeito dos jogadores foi fundamental. Os jogadores não têm nada a ver com minha decisão. Depois de três anos com um treinador é difícil. Sou ganhador, gosto de ganhar em qualquer coisa, não gosto de perder. Se tenho a sensação de que não vou ganhar, tem que fazer uma mudança. Como jogador, quando vi que não estava ganhando, saí. Não culpo ninguém. Eu posso ter culpa. Tomei a decisão e me vou.
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