Colaborador de vereador ouvido no caso Marielle Franco é assassinado no Rio
O corpo de Carlos Alexandre Pereira Maria, de 37 anos, foi encontrado por policiais do 18º BM (Jacarepaguá) com marcas de tiros e dentro de um carro na localidade conhecida como Bioiúna, na Estrada Curumau, no bairro da Taquara, Zona Oeste do Rio.
Agentes da Delegacia de Homicídios (DH) da Capital estão apurando o caso. Alexandre era colaborador do vereador Marcello Siciliano (PHS), ouvido semana passada no inquérito que apura os assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, que foram mortos na região central do Rio, no último dia 14 de março.
Uma das linhas de investigação sobre a morte do colaborador abrange a suposta ligação de Alexandre com milicianos na Zona Oeste. A relação dele com o vereador também será alvo da investigação da DH.
O crime aconteceu por volta das 20h45m. De acordo com relatos de testemunhas aos PMs do 18º BPM, pouco antes de atirar contra a vítima, também conhecida como Alexandre Cabeça, um dos assassinos gritou: "Chega para lá que a gente tem que calar a boca dele". Depois, abriu fogo.
O corpo de Alexandre foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML), de onde, segundo a DH, deverá ser liberado nesta segunda-feira. Ainda não há informações sobre a motivação do crime.
A assessoria de Siciliano informou que Alexandre atuava junto aos moradores de localidades da Zona Oeste, onde era líder comunitário. Ele identificava necessidades e as repassava para o parlamentar. Em seu perfil no Facebook, a vítima dizia ser "assessor parlamentar" de Siciliano e informava que havia começado no cargo no último dia 3 de abril. Ele também postava fotos do que chamava de "fiscalização" em obras feitas a pedido do vereador. A assessoria do parlamentar, porém, garante que Alexandre era apenas colaborador.
Alexandre costumava usar até mesmo um colete com o nome de Siciliano. A assessoria do vereador informou que todos os colaboradores fazem uso da vestimenta. Eles assinam um termo de responsabilidade para isso. A assessoria esclareceu, ainda, que todos os coletes são numerados.
Em nota, Siciliano lamentou a morte e se solidarizou com parentes e amigos de Alexandre: "Foi com grande pesar que recebi a notícia de falecimento do nosso colaborador Carlos Alexandre Pereira. Durante o tempo em que esteve conosco, fez tudo pela sua localidade e estava sempre disponível para ajudar no que fosse necessário. Me solidarizo com a dor dos familiares e amigos. Podem contar comigo para ajudar no que for preciso".
Depoimento na sexta-feira
Siciliano foi ouvido pelos investigadores da DH sobre a morte de Marielle e de Anderson, na última sexta-feira. O vereador citado em relatório da Polícia Civil sobre a influência da milícia em Jacarepaguá, nas eleições de 2014 ? chegou à delegacia por volta das 16h e saiu três horas depois. Ele não quis dar detalhes de seu depoimento e afirmou que as investigações estão sob sigilo.
- Fui convocado a vir aqui prestar esclarecimentos para poder ajudar na linha de investigação que eles tomaram. Todos os vereadores foram chamados a vir aqui. Estou à disposição. A Marielle era uma pessoa da qual eu gostava muito. Sinto muito a perda dele e torço para que esse caso seja esclarecido -, afirmou, na ocasião do depoimento.
Desde o início das investigações da morte de Marielle, pelo menos seis vereadores da Câmara Municipal já prestaram depoimento sobre o caso. Parte deles é do mesmo grupo político de Marielle e foram chamados para ajudar nas investigações, mas outros, segundo informações da especializada, são adversários políticos da vítima.
Agentes da Delegacia de Homicídios (DH) da Capital estão apurando o caso. Alexandre era colaborador do vereador Marcello Siciliano (PHS), ouvido semana passada no inquérito que apura os assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, que foram mortos na região central do Rio, no último dia 14 de março.
Uma das linhas de investigação sobre a morte do colaborador abrange a suposta ligação de Alexandre com milicianos na Zona Oeste. A relação dele com o vereador também será alvo da investigação da DH.
O crime aconteceu por volta das 20h45m. De acordo com relatos de testemunhas aos PMs do 18º BPM, pouco antes de atirar contra a vítima, também conhecida como Alexandre Cabeça, um dos assassinos gritou: "Chega para lá que a gente tem que calar a boca dele". Depois, abriu fogo.
O corpo de Alexandre foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML), de onde, segundo a DH, deverá ser liberado nesta segunda-feira. Ainda não há informações sobre a motivação do crime.
A assessoria de Siciliano informou que Alexandre atuava junto aos moradores de localidades da Zona Oeste, onde era líder comunitário. Ele identificava necessidades e as repassava para o parlamentar. Em seu perfil no Facebook, a vítima dizia ser "assessor parlamentar" de Siciliano e informava que havia começado no cargo no último dia 3 de abril. Ele também postava fotos do que chamava de "fiscalização" em obras feitas a pedido do vereador. A assessoria do parlamentar, porém, garante que Alexandre era apenas colaborador.
Alexandre costumava usar até mesmo um colete com o nome de Siciliano. A assessoria do vereador informou que todos os colaboradores fazem uso da vestimenta. Eles assinam um termo de responsabilidade para isso. A assessoria esclareceu, ainda, que todos os coletes são numerados.
Em nota, Siciliano lamentou a morte e se solidarizou com parentes e amigos de Alexandre: "Foi com grande pesar que recebi a notícia de falecimento do nosso colaborador Carlos Alexandre Pereira. Durante o tempo em que esteve conosco, fez tudo pela sua localidade e estava sempre disponível para ajudar no que fosse necessário. Me solidarizo com a dor dos familiares e amigos. Podem contar comigo para ajudar no que for preciso".
Depoimento na sexta-feira
Siciliano foi ouvido pelos investigadores da DH sobre a morte de Marielle e de Anderson, na última sexta-feira. O vereador citado em relatório da Polícia Civil sobre a influência da milícia em Jacarepaguá, nas eleições de 2014 ? chegou à delegacia por volta das 16h e saiu três horas depois. Ele não quis dar detalhes de seu depoimento e afirmou que as investigações estão sob sigilo.
- Fui convocado a vir aqui prestar esclarecimentos para poder ajudar na linha de investigação que eles tomaram. Todos os vereadores foram chamados a vir aqui. Estou à disposição. A Marielle era uma pessoa da qual eu gostava muito. Sinto muito a perda dele e torço para que esse caso seja esclarecido -, afirmou, na ocasião do depoimento.
Desde o início das investigações da morte de Marielle, pelo menos seis vereadores da Câmara Municipal já prestaram depoimento sobre o caso. Parte deles é do mesmo grupo político de Marielle e foram chamados para ajudar nas investigações, mas outros, segundo informações da especializada, são adversários políticos da vítima.
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