Família não acredita em atestado de óbito e se recusa a enterrar criança

Por TNH1 14/11/2017 12h12 - Atualizado em 14/11/2017 15h03
Por TNH1 14/11/2017 12h12 Atualizado em 14/11/2017 15h03
Família não acredita em atestado de óbito e se recusa a enterrar criança
Foto: Divulgação redes sociais
Um verdadeiro mistério se instalou na casa da garota Debora Isis, de 12 anos, na cidade de Rio Largo, região metropolitana de Maceió. Uma família se recusa a enterrar a menina, declarada morta.

A justificativa dos parentes é que ela não apresenta características de um cadáver, como a temperatura e a rigidez. Além disso, eles alegam existir um histórico de catalepsia na família, uma doença em que o coração para de bater por algumas horas e retorna a funcionar, dando a falsa impressão de que a pessoa morreu de um mal súbito.

Após a repercussão sobre o caso da garota dada como morta, o corpo da garota foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) para ser examinado, e assim, esclarecer o mistério.

De acordo com o delegado Manoel Wanderley, titular do 12ª Distrito Policial, o corpo da menina precisa passar por uma avaliação médica para ficar constatado o óbito. “Tem que ser feito o procedimento normal, porque só liberar um corpo para o sepultamento, sem constatar realmente se a pessoa está viva ou morta, não pode acontecer. Se for suspeita de morte natural, ela tem que ser encaminhada ao SVO. Por isso, neste momento, estamos levando ela para lá, para assim ficar esclarecido o horário certo do óbito e também a causa. Eles dizem aqui que ela faleceu às 14h do domingo. Então, com o procedimento tudo ficará claro”, disse.

O promotor de Justiça Magno Alexandre informou que o procedimento será feito com cautela, porém espera que haja um parecer o mais rápido possível. "O corpo será levado para uma análise e se persistir o entendimento da família de que precisa de um laudo do Instituto Médico Legal, eles deverão encaminhar para que o órgão faça. Tem que ter cautela, mas queremos que o caso seja esclarecido o mais rápido possível. O Ministério Público abriu um procedimento para investigar a situação e espero que as respostas apareçam", destacou.