Arapiraca: do desenvolvimento urbano de Manoel André aos desbravadores de hoje
Nem de longe, nem de pensamento que o fundador de Arapiraca, Manoel André Correia, imaginara no desenvolvimento urbano da cidade nos moldes de hoje. Arapiraca em seus 93 anos de emancipação política, em 30 de outubro, com crescimento urbano e populacional inimaginável na época de 1924, quando fora emancipada.
Naquela época, ao acampar debaixo da árvore de mesmo nome do município, em meados do século XIX, Manoel André teve a grata surpresa da vinda de outras famílias que começaram a povoar, de forma desordenada, os arredores da frondosa árvore Arapiraca.
Daí por diante, já em 1924 quando Arapiraca foi elevada à condição de cidade, existiam apenas cinco logradouros incompletos. Era a região da atual Praça Marques da Silva e do Largo Dom Fernando Gomes. Locais considerados o Marco Zero da Capital do Agreste.
Bem diferente da Arapiraca de hoje com seus mais de 232 mil habitantes, segundo dados do IBGE de 2016. A extensão da planície também cresce proporcionalmente à medida que as terras vão sendo exploradas e habitadas em seus 367,5 km².
As terras da planície pertenciam a Marinho Falcão que depois as vendeu para Amaro da Silva Valente, sogro de Manoel André, que passou a habitá-las com sua família. Com sangue desbravador, o fundador de Arapiraca explorou as matas virgens, ainda intocadas, e descobriu uma planície fértil e rica em árvores frondosas até descansar debaixo de uma delas de nome Arapiraca.
A partir daí, a cidade começou a tomar ares e as terras exploradas deram lugar a ruas e a construção de casas. O início do desenvolvimento urbano da cidade. No início do século XX, de acordo com informações do livro “Arapiraca através do Tempo”, do historiador Zezito Guedes, as primeiras casas de Arapiraca eram construídas de taipa. Existiam apenas duas construções em alvenaria: uma no comércio e a outra na Praça Marques da Silva. Era um sobrado construído por Antônio Apolinário e que serviu de Paço Municipal. (1999, GUEDES).
Além da Prefeitura Municipal, a delegacia e o Hotel Estrela, o primeiro da cidade, também funcionaram no sobrado. Nos arredores deixe eixo central existiam matas e sítios onde hoje são os bairros Guaribas, Capiatã, Fernandes, Baixa Grande, Cavaco, entre outros.
Em 1947, com a chegada da estrada de ferro pela empresa Camilo Collier, a cidade deu início à era industrial. A ferrovia contribuiu para a interligação com cidades vizinhas e a modificação da arquitetura local. O primeiro Conjunto Habitacional, no bairro Jardim Esperança, a COHAB velha, fez surgir cortiços, vilas e favelas, provocando o desenvolvimento urbano desordenado da cidade.
O fumo e o crescimento urbano e arquitetônico
Nas décadas de 1960 e 1970 com a riqueza da cultura do fumo muitas famílias começaram a construir casas modernas. Por outro lado, com a queda da cultura fumageira, instalou-se o primeiro Conjunto Habitacional (COHAB velha), no bairro Jardim Esperança. A partir daí, desenvolveram-se cortiços, vilas e favelas.
Mas, a construção da BR-316, no ano de 1956, ligando a capital Maceió ao município de Palmeira dos Índios, foi imprescindível para o escoamento da produção da cidade. Em seguida, surgiram as Rodovias AL-220, AL-110 e AL-115 cortando Arapiraca e impulsionando o acesso à produção local.
Primeiro Plano Diretor
A elaboração do primeiro Plano Diretor de Arapiraca só aconteceu em 1989, com a posse do prefeito José Alexandre. Fora da política local, o industrial é uma dos mais importantes desbravadores atuais erguendo em terras loteamentos e condomínios residenciais.
O boom imobiliário nas antigas terras de Manoel André se deu a partir dos anos 2000 com os programas habitacionais do Governo Federal e as terras de fumo dando lugar a construções de condomínios populares e de luxo.
Treze anos depois, a construção do primeiro centro comercial da cidade com a abertura do Arapiraca Garden Shopping, Arapiraca não é mais a mesma.
Sobre o desenvolvimento econômico do Estado, o economista Cícero Péricles, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), afirma que Arapiraca é um exemplo de como poderá ser o futuro de Alagoas com a presença de empresas competitivas e uma sociedade fincada na classe média mais dinâmica e democrática.
“O município tem tudo para virar um dos melhores para se viver e investir. O arapiraquense é um povo empreendedor, batalhador e que tem orgulho de sua terra”, define Cícero Péricles.
O progresso chegou a um dos bairros mais antigos e históricos da cidade na gestão do prefeito Rogério Teófilo. Os moradores do bairro Canafístula foram às calçadas de suas casas verem o asfalto chegar e transformar as ruas daquele lugar. “Vim aqui e fiz, trouxe o desenvolvimento para um dos bairros mais históricos de Arapiraca”, declara Rogério Téofilo.
O técnico em eletrônica e com a mesma idade em que mora no lugar há 59 anos disse quase não acreditar na transformação que o bairro passou.
“É a esperança de dias melhores. Aqui ainda temos casas de construções antigas, mas com o asfalto novinho em folha em nossas portas. Isso é progresso”, diz ele.
Há quem diga que o coração de Alagoas bate mais forte em Arapiraca. Pelo menos o progresso e o desenvolvimento pulsam no centro de Alagoas, firmando o pulsar empreendedor dos que moram e vivem por aqui.
Naquela época, ao acampar debaixo da árvore de mesmo nome do município, em meados do século XIX, Manoel André teve a grata surpresa da vinda de outras famílias que começaram a povoar, de forma desordenada, os arredores da frondosa árvore Arapiraca.
Daí por diante, já em 1924 quando Arapiraca foi elevada à condição de cidade, existiam apenas cinco logradouros incompletos. Era a região da atual Praça Marques da Silva e do Largo Dom Fernando Gomes. Locais considerados o Marco Zero da Capital do Agreste.
Bem diferente da Arapiraca de hoje com seus mais de 232 mil habitantes, segundo dados do IBGE de 2016. A extensão da planície também cresce proporcionalmente à medida que as terras vão sendo exploradas e habitadas em seus 367,5 km².
As terras da planície pertenciam a Marinho Falcão que depois as vendeu para Amaro da Silva Valente, sogro de Manoel André, que passou a habitá-las com sua família. Com sangue desbravador, o fundador de Arapiraca explorou as matas virgens, ainda intocadas, e descobriu uma planície fértil e rica em árvores frondosas até descansar debaixo de uma delas de nome Arapiraca.
A partir daí, a cidade começou a tomar ares e as terras exploradas deram lugar a ruas e a construção de casas. O início do desenvolvimento urbano da cidade. No início do século XX, de acordo com informações do livro “Arapiraca através do Tempo”, do historiador Zezito Guedes, as primeiras casas de Arapiraca eram construídas de taipa. Existiam apenas duas construções em alvenaria: uma no comércio e a outra na Praça Marques da Silva. Era um sobrado construído por Antônio Apolinário e que serviu de Paço Municipal. (1999, GUEDES).
Além da Prefeitura Municipal, a delegacia e o Hotel Estrela, o primeiro da cidade, também funcionaram no sobrado. Nos arredores deixe eixo central existiam matas e sítios onde hoje são os bairros Guaribas, Capiatã, Fernandes, Baixa Grande, Cavaco, entre outros.
Em 1947, com a chegada da estrada de ferro pela empresa Camilo Collier, a cidade deu início à era industrial. A ferrovia contribuiu para a interligação com cidades vizinhas e a modificação da arquitetura local. O primeiro Conjunto Habitacional, no bairro Jardim Esperança, a COHAB velha, fez surgir cortiços, vilas e favelas, provocando o desenvolvimento urbano desordenado da cidade.
O fumo e o crescimento urbano e arquitetônico
Nas décadas de 1960 e 1970 com a riqueza da cultura do fumo muitas famílias começaram a construir casas modernas. Por outro lado, com a queda da cultura fumageira, instalou-se o primeiro Conjunto Habitacional (COHAB velha), no bairro Jardim Esperança. A partir daí, desenvolveram-se cortiços, vilas e favelas.
Mas, a construção da BR-316, no ano de 1956, ligando a capital Maceió ao município de Palmeira dos Índios, foi imprescindível para o escoamento da produção da cidade. Em seguida, surgiram as Rodovias AL-220, AL-110 e AL-115 cortando Arapiraca e impulsionando o acesso à produção local.
Primeiro Plano Diretor
A elaboração do primeiro Plano Diretor de Arapiraca só aconteceu em 1989, com a posse do prefeito José Alexandre. Fora da política local, o industrial é uma dos mais importantes desbravadores atuais erguendo em terras loteamentos e condomínios residenciais.
O boom imobiliário nas antigas terras de Manoel André se deu a partir dos anos 2000 com os programas habitacionais do Governo Federal e as terras de fumo dando lugar a construções de condomínios populares e de luxo.
Treze anos depois, a construção do primeiro centro comercial da cidade com a abertura do Arapiraca Garden Shopping, Arapiraca não é mais a mesma.
Sobre o desenvolvimento econômico do Estado, o economista Cícero Péricles, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), afirma que Arapiraca é um exemplo de como poderá ser o futuro de Alagoas com a presença de empresas competitivas e uma sociedade fincada na classe média mais dinâmica e democrática.
“O município tem tudo para virar um dos melhores para se viver e investir. O arapiraquense é um povo empreendedor, batalhador e que tem orgulho de sua terra”, define Cícero Péricles.
O progresso chegou a um dos bairros mais antigos e históricos da cidade na gestão do prefeito Rogério Teófilo. Os moradores do bairro Canafístula foram às calçadas de suas casas verem o asfalto chegar e transformar as ruas daquele lugar. “Vim aqui e fiz, trouxe o desenvolvimento para um dos bairros mais históricos de Arapiraca”, declara Rogério Téofilo.
O técnico em eletrônica e com a mesma idade em que mora no lugar há 59 anos disse quase não acreditar na transformação que o bairro passou.
“É a esperança de dias melhores. Aqui ainda temos casas de construções antigas, mas com o asfalto novinho em folha em nossas portas. Isso é progresso”, diz ele.
Há quem diga que o coração de Alagoas bate mais forte em Arapiraca. Pelo menos o progresso e o desenvolvimento pulsam no centro de Alagoas, firmando o pulsar empreendedor dos que moram e vivem por aqui.
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