Prédios e monumentos contam a história de Arapiraca

Por Assessoria 15/10/2017 14h02 - Atualizado em 15/10/2017 17h05
Por Assessoria 15/10/2017 14h02 Atualizado em 15/10/2017 17h05
Prédios e monumentos contam a história de Arapiraca
Foto: Assessoria
Não há presente sem passado nem futuro sem presente. Assim foi e continuará sendo documentada a história de Arapiraca que, no próximo dia 30 de outubro, estará completando 93 anos de emancipação política.

Prédios antigos, monumentos, estátuas e bustos espalhados pela cidade guardam lembranças e informações históricas para moradores e pessoas que visitam Arapiraca.

O mais imponente de todos os monumentos históricos certamente é a concatedral Nossa Senhora do Bom Conselho, edificação que nos idos de 1975 começou a surgir de forma imponente nas terras de Manoel André.

Cinquenta anos antes da edificação da concatedral, o terreno localizado na antiga Rua da Matança, atual Largo Dom Fernando Gomes, deu lugar um cemitério, considerado a primeira obra do prefeito Esperidião Rodrigues, construído no ano de 1925.


Igreja do Santíssimo Sacramento, antiga Matriz


Mas a história da edificação mais imponente igreja de Arapiraca começou no ano de 1865, quando Manoel André construiu sob o túmulo de Maria Isabel Silva Valente a primeira matriz de Nossa Senhora do Bom Conselho, também conhecida como Santuário do Santíssimo Sacramento, localizada onde hoje está situada a Praça Manoel André.

Construção da concatedral, na década de 70


Com o crescimento do município foi necessário construir uma matriz maior, surgindo assim a concatedral, cujo primeiro pároco foi o Padre Epitácio Santos. Logo depois quem assumiu a paróquia foi Monsenhor Aldo de Melo Brandão (in memoriam), onde permaneceu por 25 anos, logo após sendo administrada por um período de seis anos pelo Padre Murilo dos Santos e nos tempos atuais tem como pároco o Padre Antenor Montenegro.

Capela de São Sebastião


Pequenina e muito bonita. A capela de São Sebastião, localizada no Avenida Rio Branco, é uma das edificações mais antigas do centro de Arapiraca. O prédio foi construído em 1904 pelo agricultor José Zeferino de Magalhães, em sua propriedade. O objetivo era pagar uma promessa feita ao santo para se defender da varíola, doença que assolou o Nordeste brasileiro no início do século XX.

A igreja é considerada Patrimônio Histórico e Cultural de Arapiraca, tendo um dos cidadãos que mais fizeram pela fé da região, o monsenhor Epitácio Rodrigues, que foi pároco do município, descansando seus restos mortais no interior da capela. No chão desta Igreja também foram sepultados os primeiros habitantes de Arapiraca, até o ano de 1905. Lá também está sepultada Dona Isabel da Rocha Pires, sogra de Manoel André, que faleceu em 1873.

Edificação residencial mais antiga continua imponente


A construção residencial mais antiga da cidade de Arapiraca é o sobrado que pertenceu à família do ex-prefeito Luiz Pereira Lima, pai dos ex-deputados estaduais Claudenor de Albuquerque Lima e Cláudio de Albuquerque Lima, cassados pela revolução de 1964 e outros dois filhos.

Até hoje o prédio está localizado na Praça Manoel André, esquina com Rua Aníbal Lima. O ano da construção (1938) está gravado no alto da fachada do imóvel, que foi palco de um dos capítulos mais tumultuados da história política da região entre 1950 a 1964.

Posteriormente o prédio foi vendido à família penedense Peixoto Gonçalves e atualmente está alugado como ponto comercial. A moradia foi desocupada depois de 1955, pois nessa data Luiz Pereira adoeceu e foi para São Paulo, onde faleceu, enquanto sua esposa, Afra de Albuquerque Lima, foi encaminhada enferma e acabou morrendo em Maceió.

Paço Municipal existia na Praça Marques, mas em 1970 foi demolido


O primeiro sobrado edificado em Arapiraca foi construído pelo comerciante Antônio Apolinário na Praça Deputado Marques da Silva. Na época, o prédio colonial foi escolhido para servir de sede para a festa de posse da Emancipação Política de Arapiraca, em 30 de outubro de 1924.

Na época, chamado de Paço Municipal, no local passou a funcionar a Junta Governativa, formada por líderes da comunidade e presidida por Francisco de Paula Magalhães, cuja gestão provisória foi de 31 de outubro de 1924 a 1º de janeiro de 1925, quando foi eleito o primeiro prefeito, o Major Esperidião Rodrigues da Silva.

No Paço Municipal continuou também a Administração Municipal, que passou a ser a primeira Prefeitura de Arapiraca. Anos depois, após a administração ser transferida para a Avenida Rio Branco, o Paço Municipal deu lugar à primeira Delegacia de Polícia, e mais adiante o imóvel serviu para a instalação do primeiro hotel da cidade, o Hotel Estrela,que passou por sucessivos proprietários.

Até que, em 1952, o Paço Municipal passou para a iniciativa privada e, em 1970, foi demolido.

Memorial da Mulher, uma homenagem a ex-deputada federal Ceci Cunha


Inaugurado em 8 de março de 2008, no Dia Internacional da Mulher, o Memorial Ceci Cunha chegou num momento de emancipação e valorização da mulher e constitui-se inicialmente num exercício de pesquisa de experiências passadas que confiram novos sentidos ao nosso presente e exaltem a história do município.

Tendo como objetivo principal promover a valorização da mulher pelo reconhecimento, resgate e preservação do patrimônio existente, através de exposições, manutenção de acervo e atividades de interação com escolas, instituições, empresas e população em geral.

Às mulheres de Arapiraca que desempenham este importante papel, na construção da história da Cidade, a esse elenco de personagens que ilustra o Memorial da Mulher de Arapiraca, presta esta homenagem às heroinas que com altruísmo e abnegação, deram tudo de si para tornar Arapiraca uma cidade mais humana e mais feliz na posteridade. A ex-deputada federal Ceci Cunha, assassinada em 1998 foi homenageada como a patrona do Memorial, tendo, inclusive, seu busto exposto no alto da fachada do prédio.