Policiais militares criticam reajuste e se mobilizam por IPCA

Por Gazetaweb 16/06/2017 19h07 - Atualizado em 16/06/2017 22h10
Por Gazetaweb 16/06/2017 19h07 Atualizado em 16/06/2017 22h10
Policiais militares criticam reajuste e se mobilizam por IPCA
Foto: Cortesia
Insatisfeitos com o percentual de reajuste apresentado pelo governo estadual para os servidores públicos em geral, associações de policiais militares de Alagoas se reuniram nesta sexta-feira (16) para definir uma série de mobilizações que terão como propósito sensibilizar o Executivo quanto à principal reivindicação da categoria: a implantação do Índice nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que seria de 17%, conforme as associações.

Os militares argumentam que o governo "esqueceu" o compromisso firmado com a tropa no tocante ao índice, razão pela qual a mobilização já terá início com um "grande manifesto" no próximo dia 27.

O presidente da Associação dos Cabos e Soldados de Alagoas (ACS/AL), cabo Wellington, declarou que a categoria, após a reunião desta sexta, decidiu não aceitar o reajuste salarial de 6,29%, "principalmente pelo fato de o Estado ter parcelado o pagamento deste reajuste, em duas parcelas", sendo a primeira para julho e a outra para dezembro.

"Cobramos o pagamento dos valores referentes a 2015 e 2016. Ressaltamos que não se trata de aumento, mas de reposição. Portanto, convocamos todos os militares a se engajarem nesta luta", explicou.

Ainda de acordo com Wellington, a tropa enxergou com "repúdio" o anúncio feito pelo governador Renan Filho no início desta semana. Segundo ele, neste primeiro momento, as lideranças vão iniciar o "corpo a corpo" junto aos militares que irão trabalhar neste final de semana, no Rei Pelé, durante as partidas de futebol válidas pelas séries C e B do Brasileiro. Posteriormente, farão um protesto à porta das secretarias de estado e, em seguida, um grande ato no centro de Maceió.

Os militares, inclusive, não descartam uma paralisação ou aquartelamento, apesar de o assunto ainda ser visto como última medida a ser adotada durante a mobilização. "Nós estamos lutando apenas para que se aplique o que nos é devido. Estamos lutando por um direito que conquistamos, mas que, até o presente momento, o governo ainda não nos concedeu", emendou o presidente da ACS.