Liesa decide dividir título do carnaval do Rio entre Mocidade e Portela
A Liesa decidiu, em reunião na noite desta quarta-feira (5), pela divisão do título entre a Portela e a Mocidade. Foram 7 votos a favor; houve 5 abstenções e só a Portela votou contra. Um segundo troféu será entregue à Mocidade e o prêmio, que não teve o valor divulgado, será dividido.
A Mocidade havia perdido para a Portela por um décimo, na apuração divulgada na Quarta-Feira de Cinzas, na Sapucaí. O décimo em questão se deu por equívoco do julgador Valmir Aleixo, que avaliou o quesito enredo: ele se baseou na versão antiga do livro Abre-alas e tirou ponto da Mocidade, alegando que ela não apresentou um destaque de chão que, na versão atualizada, não iria mais se apresentar.
Se a nota correta fosse dada (10 em vez de 9,9), a Mocidade ficaria empatada em pontos com a Portela (269,9), mas seria campeã devido ao critério de desempate. Pela ordem sorteada pela Liesa, em caso de pontuação final igual, o desempate seria feito pelos quesitos na seguinte ordem: enredo, mestre-sala e porta bandeira, harmonia, evolução, comissão de frente, samba-enredo, fantasia, bateria e alegorias e adereços.
Com a nota corrigida, as escolas empatam nos quatro primeiro quesitos, e a escola de Padre Miguel ganha devido às notas de comissão de frente, em que levou 10 e a Portela perdeu um décimo. Com o recurso, a Liesa optou por dividir o título.
Após a divulgação das justificativas das notas dos jurados, a escola de Padre Miguel lamentou o equívoco e disse que vai cobrar uma melhor preparação técnica dos julgadores. Apesar do descontentamento com a justificativa da nota, cumprimentou a Portela pelo "belíssimo desfile e o merecido título conquistado".
"O que questionamos nesta nota é o despreparo apresentado pelo julgador em questão para cumprir tão importante função. É inadmissível que o sonho de uma comunidade seja jogado fora por um erro tão crasso. Criar algo que em nenhum momento esteve no livro Abre-alas? e em cima disso nos penalizar, soa estranho e sem explicação. A Mocidade se posiciona em busca de mais preparação técnica e responsabilidade para todos os julgadores. Cobraremos isso! Meses de investimento, trabalho pesado, e a dedicação de milhares de componentes não podem ser prejudicados desta maneira", dizia a nota que conclama a comunidade a continuar acreditando na escola para buscar o campeonato em 2018.
Também em nota, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) explicou que, em 11 de janeiro, a Mocidade enviou uma versão do livro Abre-alas na qual cita a presença da destaque Camila Silva, descrevendo sua fantasia como "O esplendor dos sete mares", para os julgadores estudarem as escolas.
A Liesa diz ainda que em 31 de janeiro, data da realização do curso de julgadores para o quesito enredo, os julgadores receberam uma versão impressa em preto e branco, bem como a digital colorida, para poder nortear e iniciar seu trabalho de pesquisa visando o julgamento a ser realizado por ocasião dos desfiles, conforme vem ocorrendo todos os anos.
Mas, de acordo com a Liesa, só após a distribuição da segunda versão do Abre-alas, a Mocidade alterou o roteiro enviado inicialmente, informando que Camila Silva seria rainha de bateria, com o figurino "Dona das Areias, Iemanjá".
A Liesa diz que pode ter havido uma falha de comunicação, na qual o julgador tenha considerado informações do livro inicial e não do impresso entregue aos jurados no dia do desfile.
Relembre o desfile
A Mocidade Independente de Padre Miguel ignorou os 7 mil km que separam Brasil e Marrocos para aproximar a Sapucaí das tradições de Marrakesh, em cima do tapete de Alladin ou no barco de Simbad, personagens de "As Mil e Uma Noite" que ajudaram a levar o colorido mágico e luxuoso do Oriente para a avenida.
O público foi ao delírio com a comissão de frente, que colocou no céu um tapete voador e homens vestidos de beduíno que carregavam cestos de onde saíam odaliscas.
Contando beduínos e odaliscas, chegava-se a 23 integrantes, quando o máximo permitido são 15. Mas não era infração, era ilusão: as odaliscas eram as responsáveis por mover os bonecos de beduínos. A graça arrancou sorrisos dos jurados: ponto para a Mocidade.
Vestidas de vendedoras de hortelã, baianas espirravam a essência enquanto desfilavam pela Sapucaí.
Uma componente, que estava no alto de um carro, caiu logo no finalzinho da apresentação; uma parte da composição desmontou e causou o acidente.
A Mocidade fez um desfile que foi de Alladin a Simbad e Ali Babá, passou pelo comércio e até pela astronomia e acabou em um oásis de samba.
A Mocidade havia perdido para a Portela por um décimo, na apuração divulgada na Quarta-Feira de Cinzas, na Sapucaí. O décimo em questão se deu por equívoco do julgador Valmir Aleixo, que avaliou o quesito enredo: ele se baseou na versão antiga do livro Abre-alas e tirou ponto da Mocidade, alegando que ela não apresentou um destaque de chão que, na versão atualizada, não iria mais se apresentar.
Se a nota correta fosse dada (10 em vez de 9,9), a Mocidade ficaria empatada em pontos com a Portela (269,9), mas seria campeã devido ao critério de desempate. Pela ordem sorteada pela Liesa, em caso de pontuação final igual, o desempate seria feito pelos quesitos na seguinte ordem: enredo, mestre-sala e porta bandeira, harmonia, evolução, comissão de frente, samba-enredo, fantasia, bateria e alegorias e adereços.
Com a nota corrigida, as escolas empatam nos quatro primeiro quesitos, e a escola de Padre Miguel ganha devido às notas de comissão de frente, em que levou 10 e a Portela perdeu um décimo. Com o recurso, a Liesa optou por dividir o título.
Após a divulgação das justificativas das notas dos jurados, a escola de Padre Miguel lamentou o equívoco e disse que vai cobrar uma melhor preparação técnica dos julgadores. Apesar do descontentamento com a justificativa da nota, cumprimentou a Portela pelo "belíssimo desfile e o merecido título conquistado".
"O que questionamos nesta nota é o despreparo apresentado pelo julgador em questão para cumprir tão importante função. É inadmissível que o sonho de uma comunidade seja jogado fora por um erro tão crasso. Criar algo que em nenhum momento esteve no livro Abre-alas? e em cima disso nos penalizar, soa estranho e sem explicação. A Mocidade se posiciona em busca de mais preparação técnica e responsabilidade para todos os julgadores. Cobraremos isso! Meses de investimento, trabalho pesado, e a dedicação de milhares de componentes não podem ser prejudicados desta maneira", dizia a nota que conclama a comunidade a continuar acreditando na escola para buscar o campeonato em 2018.
Também em nota, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) explicou que, em 11 de janeiro, a Mocidade enviou uma versão do livro Abre-alas na qual cita a presença da destaque Camila Silva, descrevendo sua fantasia como "O esplendor dos sete mares", para os julgadores estudarem as escolas.
A Liesa diz ainda que em 31 de janeiro, data da realização do curso de julgadores para o quesito enredo, os julgadores receberam uma versão impressa em preto e branco, bem como a digital colorida, para poder nortear e iniciar seu trabalho de pesquisa visando o julgamento a ser realizado por ocasião dos desfiles, conforme vem ocorrendo todos os anos.
Mas, de acordo com a Liesa, só após a distribuição da segunda versão do Abre-alas, a Mocidade alterou o roteiro enviado inicialmente, informando que Camila Silva seria rainha de bateria, com o figurino "Dona das Areias, Iemanjá".
A Liesa diz que pode ter havido uma falha de comunicação, na qual o julgador tenha considerado informações do livro inicial e não do impresso entregue aos jurados no dia do desfile.
Relembre o desfile
A Mocidade Independente de Padre Miguel ignorou os 7 mil km que separam Brasil e Marrocos para aproximar a Sapucaí das tradições de Marrakesh, em cima do tapete de Alladin ou no barco de Simbad, personagens de "As Mil e Uma Noite" que ajudaram a levar o colorido mágico e luxuoso do Oriente para a avenida.
O público foi ao delírio com a comissão de frente, que colocou no céu um tapete voador e homens vestidos de beduíno que carregavam cestos de onde saíam odaliscas.
Contando beduínos e odaliscas, chegava-se a 23 integrantes, quando o máximo permitido são 15. Mas não era infração, era ilusão: as odaliscas eram as responsáveis por mover os bonecos de beduínos. A graça arrancou sorrisos dos jurados: ponto para a Mocidade.
Vestidas de vendedoras de hortelã, baianas espirravam a essência enquanto desfilavam pela Sapucaí.
Uma componente, que estava no alto de um carro, caiu logo no finalzinho da apresentação; uma parte da composição desmontou e causou o acidente.
A Mocidade fez um desfile que foi de Alladin a Simbad e Ali Babá, passou pelo comércio e até pela astronomia e acabou em um oásis de samba.
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