Injeção errada mata fotógrafa em Franca, São Paulo; técnica em enfermagem pede descuplas
A técnica de enfermagem que é suspeita de ter aplicado um remédio errado em uma paciente prestou depoimento à Polícia Civil nesta quarta-feira (8), em Franca (SP). A mulher que recebeu a medicação, a fotógrafa Zélia Lúcia Barbosa Moreira, sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu horas depois disso.
O depoimento da técnica de enfermagem durou aproximadamente duas horas. Ao delegado Luis Carlos da Silva, ela relatou o que ocorreu no dia em que aplicou duas injeções na fotógrafa, que passou mal poucos minutos depois de receber as medicações.
“Foi me entregue a medicação errada. A medicação certa estava em outro local. Foi um funcionário que entregou pra mim. Nessa troca de plantão, ele me entregou e disse pra mim que era aquela medicação que era para ser administrada e o procedimento como era para ser feito”, afirma.
A técnica de enfermagem afirma ainda que não deveria ter sido a responsável por aplicar a injeção em Zélia quando o tratamento da fotógrafa chegava ao fim. Ela diz que não consegue mais dormir e pediu desculpas aos familiares da vítima.
“Eu acho que nenhuma condenação assim, nenhuma punição que eu tiver é maior que minha consciência. Porque todo dia quando eu deito para dormir eu lembro do que aconteceu. Eu peço desculpas aos filhos. Me desculpe. Nada, nenhuma punição vai ser maior que minha consciência. Vou carregar para o resto da minha vida”, conclui.
Morte
Zélia havia sido encaminhada à unidade de saúde para tratar uma disfunção renal e acabou sofrendo convulsões e uma parada cardiorrespiratória.
Ela foi internada por um dia e deveria receber um medicamento intravenoso por seis horas seguidas. A cada 3 horas, uma enfermeira injetava outra substância para tentar diminuir os efeitos colaterais.
O tratamento já estava no fim quando uma técnica de enfermagem aplicou duas injeções na mulher, que começou a relatar mal-estar ao filho que a acompanhava. Logo depois de receber as medicações, a paciente sofreu a parada cardiorrespiratória.
As equipes médicas da Santa Casa foram mobilizadas e tentaram ressuscitar a vítima, que acabou morrendo horas após a injeção ter sido aplicada.
O depoimento da técnica de enfermagem durou aproximadamente duas horas. Ao delegado Luis Carlos da Silva, ela relatou o que ocorreu no dia em que aplicou duas injeções na fotógrafa, que passou mal poucos minutos depois de receber as medicações.
“Foi me entregue a medicação errada. A medicação certa estava em outro local. Foi um funcionário que entregou pra mim. Nessa troca de plantão, ele me entregou e disse pra mim que era aquela medicação que era para ser administrada e o procedimento como era para ser feito”, afirma.
A técnica de enfermagem afirma ainda que não deveria ter sido a responsável por aplicar a injeção em Zélia quando o tratamento da fotógrafa chegava ao fim. Ela diz que não consegue mais dormir e pediu desculpas aos familiares da vítima.
“Eu acho que nenhuma condenação assim, nenhuma punição que eu tiver é maior que minha consciência. Porque todo dia quando eu deito para dormir eu lembro do que aconteceu. Eu peço desculpas aos filhos. Me desculpe. Nada, nenhuma punição vai ser maior que minha consciência. Vou carregar para o resto da minha vida”, conclui.
Morte
Zélia havia sido encaminhada à unidade de saúde para tratar uma disfunção renal e acabou sofrendo convulsões e uma parada cardiorrespiratória.
Ela foi internada por um dia e deveria receber um medicamento intravenoso por seis horas seguidas. A cada 3 horas, uma enfermeira injetava outra substância para tentar diminuir os efeitos colaterais.
O tratamento já estava no fim quando uma técnica de enfermagem aplicou duas injeções na mulher, que começou a relatar mal-estar ao filho que a acompanhava. Logo depois de receber as medicações, a paciente sofreu a parada cardiorrespiratória.
As equipes médicas da Santa Casa foram mobilizadas e tentaram ressuscitar a vítima, que acabou morrendo horas após a injeção ter sido aplicada.
Polícia apreendeu frasco de remédio aplicado em fotógrafa em hospital de Franca (Foto: Reprodução/ETPV)
Conclusão das investigações
Agora, o delegado aguarda os resultados de um laudo toxicológico e a análise do anestésico que foi aplicado na paciente para poder concluir o inquérito. Além disso, outras pessoas deverão depor, embora o delegado acredite que o depoimento da enfermeira tenha sido o mais fundamental de todos.
“Esse [depoimento] foi de muita importância porque ela confirma que aplicou a medicação de forma equivocada na vítima e que a levou ao óbito. Essa medicação não deveria estar ali naquele momento, porque ela deve ser usada em centro cirúrgico, e não em pacientes no quarto, mas também chegaremos neste detalhe”, afirma Luis Carlos.
Na última semana de fevereiro, funcionários da Santa Casa de Franca prestaram depoimento à polícia e, segundo o delegado, também afirmaram que a troca de medicamentos causou a morte da fotógrafa.
Familiares da fotógrafa acusam o hospital de negligência e afirmam que a injeção aplicada de maneira equivocada foi a principal causadora da morte.
Em nota, a Santa Casa lamentou o ocorrido e informou que instaurou uma sindicância para apurar os procedimentos. No boletim de ocorrência registrado pela instituição, o hospital confirma que a fotógrafa morreu em decorrência da troca de medicação.
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