Assalto a empresa de valores termina em tiroteio e carros incendiados, em Recife

Por Redação com Diário de Pernambuco 21/02/2017 09h09 - Atualizado em 21/02/2017 12h12
Por Redação com Diário de Pernambuco 21/02/2017 09h09 Atualizado em 21/02/2017 12h12
Assalto a empresa de valores termina em tiroteio e carros incendiados, em Recife
Quadrilha ateou fogo em veículos, realizou vários disparos de grosso calibre e explosões. - Foto: Reprodução/ Facebook
As polícias civil e militar deram início às investigações e perícias no local onde ocorreu, nesta madrugada, um assalto à transportadora de valores Brinks, na Avenida Recife, bairro da Estância, Zona Oeste do Recife. A investida teve início por volta das 2h, em uma loja de conveniência de um posto de combustíveis, de onde a quadrilha teve acesso ao prédio da empresa de segurança. O Corpo de Bombeiros também foi acionado por conta do risco de explosão no posto de combustíveis.

Moradores da área acordaram apavorados com o som de diversos disparos de armamento pesado e explosões. Muitos deles chegaram a ver os suspeitos, encapuzados, e acreditam na participação de cerca de 30 homens na investida. Por volta das 2h30, a Polícia Militar chegou ao local e houve troca de tiros com os integrantes da quadrilha. Três PMs ficaram feridos. Dois deles foram socorridos ao Hospital da Restauração (HR) e um foi atendido no local, com tiro de raspão. Um PM levou um tiro no braço e o outro, na perna. O terceiro foi atingido de raspão na orelha. Todos passam bem.

Apesar do confronto, ninguém foi preso até o momento. De acordo com informações extra-oficiais, os bandidos conseguiram acessar o cofre da empresa e levar uma grande quantia em dinheiro. Fala-se em cerca de R$ 60 milhões. Os policiais militares que entraram em confronto com os suspeitos acreditam que o grupo é formado por criminosos de outros estados, por terem ouvido sotaques do Sul e Sudeste do país.

Durante a ação criminosa, a quadrilha fez um cerco de 360 graus. Para dificultar a perseguição, os bandidos espalharam grampos e queimaram veículos, entre eles um caminhão, bloqueando cinco áreas entre as avenidas Recife, Sul e na Ponte do Jiquiá. Em um dos veículos queimados, uma caminhonete Hilux, os peritos encontraram um fuzil AK 47, arma russa de guerra.

Alguns suspeitos que fugiram a pé também invadiram residências e quintais na comunidade do Iraque, aterrorizando os moradores. Pela manhã, ainda abalados pelo medo, os moradores da área tiveram dificuldade em se locomover, por conta das interdições e da operação policial, que realizou cercos na localidade. Durante as buscas, um helicóptero do Grupamento Tático Aéreo (GTA) chegou a ser utilizado para tentar localizar os fugitivos, sem sucesso.

Operação
A investida, de grande porte e ousada, acontece no primeiro dia de trabalho do novo comandante da Polícia Militar, o coronel Vanildo Maranhão, no dia da posse do novo chefe de Polícia Civil, Joselito Amaral e em meio à operação padrão realizada pelos policiais e bombeiros, iniciada em dezembro do ano passado. Durante a operação de hoje, um PM chegou a criticar a falta de armamento da categoria, alegando que a frota utilizou fuzis emprestados do Exército para sair às ruas esta madrugada. Em entrevista à TV Globo, o coronel admitiu o uso de armamentos do Exército, mas garantiu que a frota está equipada para combater a criminalidade.

Já a Polícia Civil só deve se pronunciar ao final da operação, realizada por uma força tarefa criada especialmente para investigar os cada vez mais recorrentes casos de assaltos e explosões a bancos, carros-fortes e empresas de segurança.