Negociação de Marinho vai ajudar time alagoano que fez até rifa de cabra
Destaque do Vitória no Campeonato Brasileiro do ano passado, o atacante Marinho abriu portas no mercado. A boa temporada com a camisa rubro-negra mexeu com o futebol nacional, valorizou o atleta. Em Penedo, cidade do interior em Alagoas, os dirigentes do clube que formou o atacante esfregaram logo as mãos com a notícia da venda para o futebol chinês. A transferência internacional do jogador vai ajudar o Penedense, time mais antigo do estado em atividade, a salvar o caixa. Tudo por causa do mecanismo de solidariedade da Fifa. E pensar que o clube chegou a fazer uma rifa de cabra para comprar refletores.
Um dos formadores de Marinho, o time alagoano tem direito a receber 0,5% da negociação do atacante para o Changchun Yatai, da China. Os valores da transferência giraram em torno de R$ 17 milhões e devem render cerca de R$ 85 mil para o Penedense, uma fortuna para a realidade do time. O presidente ficou logo animado.
- Já conversamos com um advogado, que nos passou algumas orientações e, na próxima semana, a documentação deve ser viabilizada. Não temos ainda o valor exato que será destinado ao Penedense, mas, pelo que tomamos conhecimento, o percentual deve ficar em torno de 0,5%. Atualmente, qualquer valor que chegue para o clube deve ser pego com as duas mãos - disse o dirigente Valdemir Alves.
A transferência de Marinho é uma alternativa para minimizar a grave crise financeira do Penedense. Rebaixado no Campeonato Alagoano de 2016, o time tenta ressurgir e traça planos para disputar a Segundona do estadual deste ano. Mas as dificuldades ainda são enormes, avisa Valdemir.
- Assumimos a presidência do clube em janeiro agora e encontramos uma série de problemas. Falta dinheiro. Mas, com a ajuda de alguns colaboradores, estamos tentando reorganizar a casa. Já começamos uma reforma no Estádio Alfredo Leahy (casa do Penedense), contando com a perfuração de poço artesiano e outras melhorias. Mas os recursos financeiros são muito escassos, a dificuldade é muito grande. Fazer futebol para clube pequeno é uma luta diária. Então, vemos com bons olhos essa transação do Marinho.
O presidente lembra o período em que Marinho, agora com 26 anos, atuou pelo Penedense e destaca que não tinha dúvida sobre o talento do garoto.
- Eu sei que ele atuou pelo Penedense, na categoria de juniores, no Campeonato Alagoano de 2006. Daqui, ele foi para o Corinthians Alagoano, passou um tempo sendo observado pelo técnico Eduardo Neto, mas não chegou a assinar contrato. Mas desde garoto que a gente via o potencial dele. Lembro que, num determinado jogo de futsal, ele marcou 12 gols. Um moleque sempre diferenciado. Menino de origem humilde, criado numa região periférica aqui de Penedo, ele sempre foi muito disciplinado e determinado a jogar futebol. Graças a Deus, o Marinho agora está num lugar que é bom para ele, e terminou sendo bom para o Penedense também.
Após a passagem pelo clube de Penedo, Marinho se transferiu para o Fluminense, aos 17 anos. Do Tricolor das Laranjeiras, passou por Internacional, Caxias-RS, Paraná, Goiás, Ituano, Náutico, Ceará, Cruzeiro e Vitória.
Entenda o mecanismo de solidariedade
O mecanismo de solidariedade, criado pela Fifa, garante até 5% do valor da transferência internacional a clubes que fizeram parte da formação do jogador, entre 12 e 23 anos. Quando o atleta passa por muitos times nesse período, como é o caso de Marinho, os recursos são divididos proporcionalmente. De acordo com o regulamento da Fifa, o clube que contrata o jogador deve efetuar o pagamento do mecanismo em até dias 30 após quitar o valor da transferência.
Criatividade
Enfrentar dificuldades financeiras já faz parte da realidade do Sport Club Penedense. Em 2014, os jogadores do time chegaram a ser despejados de uma pousada por falta de pagamento. Para superar a crise nos últimos anos, as diretorias anteriores tiveram ideias até inusitadas. Sorteios de animais (cabras, porcos e garrotes), cerveja e até galetos já fizeram parte da estratégia para reforçar os cofres do Penedense. O esforço é sempre muito grande para manter viva a tradição do clube alvirrubro, fundado em 3 de janeiro de 1909.
Um dos formadores de Marinho, o time alagoano tem direito a receber 0,5% da negociação do atacante para o Changchun Yatai, da China. Os valores da transferência giraram em torno de R$ 17 milhões e devem render cerca de R$ 85 mil para o Penedense, uma fortuna para a realidade do time. O presidente ficou logo animado.
- Já conversamos com um advogado, que nos passou algumas orientações e, na próxima semana, a documentação deve ser viabilizada. Não temos ainda o valor exato que será destinado ao Penedense, mas, pelo que tomamos conhecimento, o percentual deve ficar em torno de 0,5%. Atualmente, qualquer valor que chegue para o clube deve ser pego com as duas mãos - disse o dirigente Valdemir Alves.
A transferência de Marinho é uma alternativa para minimizar a grave crise financeira do Penedense. Rebaixado no Campeonato Alagoano de 2016, o time tenta ressurgir e traça planos para disputar a Segundona do estadual deste ano. Mas as dificuldades ainda são enormes, avisa Valdemir.
- Assumimos a presidência do clube em janeiro agora e encontramos uma série de problemas. Falta dinheiro. Mas, com a ajuda de alguns colaboradores, estamos tentando reorganizar a casa. Já começamos uma reforma no Estádio Alfredo Leahy (casa do Penedense), contando com a perfuração de poço artesiano e outras melhorias. Mas os recursos financeiros são muito escassos, a dificuldade é muito grande. Fazer futebol para clube pequeno é uma luta diária. Então, vemos com bons olhos essa transação do Marinho.
O presidente lembra o período em que Marinho, agora com 26 anos, atuou pelo Penedense e destaca que não tinha dúvida sobre o talento do garoto.
- Eu sei que ele atuou pelo Penedense, na categoria de juniores, no Campeonato Alagoano de 2006. Daqui, ele foi para o Corinthians Alagoano, passou um tempo sendo observado pelo técnico Eduardo Neto, mas não chegou a assinar contrato. Mas desde garoto que a gente via o potencial dele. Lembro que, num determinado jogo de futsal, ele marcou 12 gols. Um moleque sempre diferenciado. Menino de origem humilde, criado numa região periférica aqui de Penedo, ele sempre foi muito disciplinado e determinado a jogar futebol. Graças a Deus, o Marinho agora está num lugar que é bom para ele, e terminou sendo bom para o Penedense também.
Após a passagem pelo clube de Penedo, Marinho se transferiu para o Fluminense, aos 17 anos. Do Tricolor das Laranjeiras, passou por Internacional, Caxias-RS, Paraná, Goiás, Ituano, Náutico, Ceará, Cruzeiro e Vitória.
Entenda o mecanismo de solidariedade
O mecanismo de solidariedade, criado pela Fifa, garante até 5% do valor da transferência internacional a clubes que fizeram parte da formação do jogador, entre 12 e 23 anos. Quando o atleta passa por muitos times nesse período, como é o caso de Marinho, os recursos são divididos proporcionalmente. De acordo com o regulamento da Fifa, o clube que contrata o jogador deve efetuar o pagamento do mecanismo em até dias 30 após quitar o valor da transferência.
Criatividade
Enfrentar dificuldades financeiras já faz parte da realidade do Sport Club Penedense. Em 2014, os jogadores do time chegaram a ser despejados de uma pousada por falta de pagamento. Para superar a crise nos últimos anos, as diretorias anteriores tiveram ideias até inusitadas. Sorteios de animais (cabras, porcos e garrotes), cerveja e até galetos já fizeram parte da estratégia para reforçar os cofres do Penedense. O esforço é sempre muito grande para manter viva a tradição do clube alvirrubro, fundado em 3 de janeiro de 1909.
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