Mulher rapta bebê de 1 mês no DF, mas mãe da criança a impede de fugir
Mulher rouba recém-nascido e diz ao ex-marido que está voltando para casa com um filho dele nos braços para tentar reatar o casamento. Mãe verdadeira encontra raptora na fila de um ônibus e a impede de fugir com o bebê para outra cidade. Esses episódios, que parecem até cenas de novela, aconteceram nesta terça-feira (7), em Samambaia, no Distrito Federal.
A operadora de caixa Alessandra Ferreira, de 34 anos, precisava registrar a filha Julie, de 1 mês, mas não tinha com quem deixá-la – o pai da criança está preso. A mãe decidiu confiá-la a uma nova amiga, Francisca Ribeiro, de 32, há poucos dias no DF e hospedada na casa da vizinha.
“Quando voltei, não tinha mais ninguém. Ela sumiu com minha filha levando mala e umas roupas da bebê que estavam no varal. Me desesperei”, contou a mãe.
Francisca chegou a Brasília vinda de São José dos Patos, no Maranhão, há cerca de 20 dias. Embarcou com pouca bagagem e pediu teto à irmã Maria de Jesus, que mora na cidade há 17 anos. “Ligou para mim dizendo que estava se separando do marido e precisava esfriar a cabeça. É claro que eu não virei as costas”, contou Maria.
Segundo a irmã, Francisca não pretendia ficar muito tempo. Disse que, apesar de estar insatisfeita com o divórcio, iria refazer a vida em Mato Grosso “porque aqui não tem trabalho”. Durante os poucos dias em Brasília, conquistou a amizade de Alessandra ajudando-a a cuidar do bebê recém-nascido – as roupas da bebê que levava ao tentar fugir haviam sido lavadas por ela mesma dias atrás.
“Outro dia, ela me pediu a bebê emprestada para ir com ela a uma lotérica e evitar fila [por causa da lei que garante atendimento prioritário a pessoas com crianças de colo]. Eu cedi. Nunca ia passar pela minha cabeça que, dias depois, ela podia tentar roubar a minha filha de mim”, admitiu a mãe.
O dia do rapto
Alessandra deixou Julie com Francisca na casa de Maria por volta das 9h. Voltou às 11h para casa, bateu à porta da vizinha e não teve resposta. Entrou. Vasculhou os cômodos, não encontrou mala, não viu roupa no varal. Maria, que dormia num quarto ao lado, disse que não ouviu a irmã ir embora. Ela foi acordada pelo choro da mãe da criança raptada.
“Como tinha levado tudo, eu concluí que ela só podia estar tentando fugir de volta para casa, no Maranhão”, afirmou a irmã.
Com a pista, Alessandra convocou a vizinha e a família para ajudar a encontrar a raptora antes de ela embarcar. A mãe, o filho mais velho, de 18 anos, a nora, de 16, e Maria partiram de carro até o terminal rodoviário mais próximo, em Taguatinga. Mas não encontraram Francisca. Ela estava em outro lugar.
Maria se lembrou: a irmã, quando chegou a Brasília, desembarcou em um ponto de ônibus clandestinos a poucos quilômetros dali. Na frente de um bar, aos fundos de um supermercado. Francisca estava sentada na calçada, a cabeça entre as mãos enquanto aguardava a hora da viagem. Ao lado dela, a única mala e um cobertor estampado que servia para camuflar o bebê.
“Eu quis matá-la. Minha nora foi quem me acalmou. Agora espero que ela pague pelo que fez. Eu aprendi a lição de não deixar minha filha com mais ninguém assim, que não seja de confiança. Espero que ela aprenda a lição dela também”, contou a mãe a beira de lágrimas. A filha, já embalada no colo, dormia segura.
Sem reação
Segundo as testemunhas, Francisca não reagiu à abordagem da família de Julie. Tentou inventar desculpas, mas entrou no carro e, na delegacia, acabou admitindo o rapto. Foi autuada por subtração de incapaz, cuja pena varia de dois a seis anos de prisão. Como o crime é inafiançável, ela ficará presa em Taguatinga enquanto aguarda uma audiência de custódia.
Alessandra e Maria disseram ter encontrado mensagens trocadas entre Francisca e o ex-marido no celular da raptora, em que ela teria dito que viajou grávida e, em Brasília, deu à luz a um filho dele. “Ela me contou que ainda gostava dele, que ele queria muito ter um filho, mas ela não conseguia engravidar. Talvez achasse que, assim, eles pudessem reatar”, disse a irmã.
A Polícia Civil confirmou a apreensão do aparelho telefônico de Francisca para checar se ela trocou mensagens com o ex-marido sobre a bebê. Mas negou que o celular já tenha sido averiguado. A medida depende de ordem judicial de quebra de sigilo. Se forem identificadas, as mensagens poderão ser usadas para provar que a raptora planejou o crime.
Sem registro nem documento de autorização para viajar com a criança, embarcar em um ônibus ilegal parecia o plano perfeito para Francisca desaparecer com a filha de Alessandra. A reportagem não conseguiu contatar a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), responsável pela fiscalização, até a publicação desta reportagem.
Depois do ocorrido, coube a Maria ligar para os parentes no Maranhão contando o que a irmã mais nova tinha feito em Brasília. “Eles não querem nem saber mais dela. No telefone, me disseram que, se depender deles, ela fica presa por aqui mesmo”, disse. Francisca tem um filho de 9 anos, fruto do primeiro casamento dela, e que hoje é criado pela avó.
A operadora de caixa Alessandra Ferreira, de 34 anos, precisava registrar a filha Julie, de 1 mês, mas não tinha com quem deixá-la – o pai da criança está preso. A mãe decidiu confiá-la a uma nova amiga, Francisca Ribeiro, de 32, há poucos dias no DF e hospedada na casa da vizinha.
“Quando voltei, não tinha mais ninguém. Ela sumiu com minha filha levando mala e umas roupas da bebê que estavam no varal. Me desesperei”, contou a mãe.
Francisca chegou a Brasília vinda de São José dos Patos, no Maranhão, há cerca de 20 dias. Embarcou com pouca bagagem e pediu teto à irmã Maria de Jesus, que mora na cidade há 17 anos. “Ligou para mim dizendo que estava se separando do marido e precisava esfriar a cabeça. É claro que eu não virei as costas”, contou Maria.
Segundo a irmã, Francisca não pretendia ficar muito tempo. Disse que, apesar de estar insatisfeita com o divórcio, iria refazer a vida em Mato Grosso “porque aqui não tem trabalho”. Durante os poucos dias em Brasília, conquistou a amizade de Alessandra ajudando-a a cuidar do bebê recém-nascido – as roupas da bebê que levava ao tentar fugir haviam sido lavadas por ela mesma dias atrás.
“Outro dia, ela me pediu a bebê emprestada para ir com ela a uma lotérica e evitar fila [por causa da lei que garante atendimento prioritário a pessoas com crianças de colo]. Eu cedi. Nunca ia passar pela minha cabeça que, dias depois, ela podia tentar roubar a minha filha de mim”, admitiu a mãe.
O dia do rapto
Alessandra deixou Julie com Francisca na casa de Maria por volta das 9h. Voltou às 11h para casa, bateu à porta da vizinha e não teve resposta. Entrou. Vasculhou os cômodos, não encontrou mala, não viu roupa no varal. Maria, que dormia num quarto ao lado, disse que não ouviu a irmã ir embora. Ela foi acordada pelo choro da mãe da criança raptada.
“Como tinha levado tudo, eu concluí que ela só podia estar tentando fugir de volta para casa, no Maranhão”, afirmou a irmã.
Com a pista, Alessandra convocou a vizinha e a família para ajudar a encontrar a raptora antes de ela embarcar. A mãe, o filho mais velho, de 18 anos, a nora, de 16, e Maria partiram de carro até o terminal rodoviário mais próximo, em Taguatinga. Mas não encontraram Francisca. Ela estava em outro lugar.
Maria se lembrou: a irmã, quando chegou a Brasília, desembarcou em um ponto de ônibus clandestinos a poucos quilômetros dali. Na frente de um bar, aos fundos de um supermercado. Francisca estava sentada na calçada, a cabeça entre as mãos enquanto aguardava a hora da viagem. Ao lado dela, a única mala e um cobertor estampado que servia para camuflar o bebê.
“Eu quis matá-la. Minha nora foi quem me acalmou. Agora espero que ela pague pelo que fez. Eu aprendi a lição de não deixar minha filha com mais ninguém assim, que não seja de confiança. Espero que ela aprenda a lição dela também”, contou a mãe a beira de lágrimas. A filha, já embalada no colo, dormia segura.
Sem reação
Segundo as testemunhas, Francisca não reagiu à abordagem da família de Julie. Tentou inventar desculpas, mas entrou no carro e, na delegacia, acabou admitindo o rapto. Foi autuada por subtração de incapaz, cuja pena varia de dois a seis anos de prisão. Como o crime é inafiançável, ela ficará presa em Taguatinga enquanto aguarda uma audiência de custódia.
Alessandra e Maria disseram ter encontrado mensagens trocadas entre Francisca e o ex-marido no celular da raptora, em que ela teria dito que viajou grávida e, em Brasília, deu à luz a um filho dele. “Ela me contou que ainda gostava dele, que ele queria muito ter um filho, mas ela não conseguia engravidar. Talvez achasse que, assim, eles pudessem reatar”, disse a irmã.
A Polícia Civil confirmou a apreensão do aparelho telefônico de Francisca para checar se ela trocou mensagens com o ex-marido sobre a bebê. Mas negou que o celular já tenha sido averiguado. A medida depende de ordem judicial de quebra de sigilo. Se forem identificadas, as mensagens poderão ser usadas para provar que a raptora planejou o crime.
Sem registro nem documento de autorização para viajar com a criança, embarcar em um ônibus ilegal parecia o plano perfeito para Francisca desaparecer com a filha de Alessandra. A reportagem não conseguiu contatar a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), responsável pela fiscalização, até a publicação desta reportagem.
Depois do ocorrido, coube a Maria ligar para os parentes no Maranhão contando o que a irmã mais nova tinha feito em Brasília. “Eles não querem nem saber mais dela. No telefone, me disseram que, se depender deles, ela fica presa por aqui mesmo”, disse. Francisca tem um filho de 9 anos, fruto do primeiro casamento dela, e que hoje é criado pela avó.
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