Ex-traficante alagoano abandona vida do crime e ajuda na recuperação de dependentes químicos
A reviravolta na vida do alagoano José Adenilton, de 59 anos, é daquelas que mais parece roteiro de filme. Aos 13 anos, ‘Itan’, como é conhecido, teve na escola seu primeiro contato com as drogas, no Rio de Janeiro. Ele e seus amigos faziam uso de drogas sintéticas como anfetamina, LSD e ecstasy.
Não demorou muito para usar outros entorpecentes, como a maconha e a cocaína. Foi mergulhado nas drogas que Itan entrou para o submundo do crime. Na juventude, na década de 1980, integrou uma das maiores facções criminosas do Brasil, a Falange Vermelha, que mais tarde se tornaria o Comando Vermelho.
Preso cinco vezes por assalto a bancos, roubo de carros e tráfico de drogas, o alagoano viu sua vida desmoronar ao ser constantemente procurado pela polícia. “O helicóptero da polícia vivia fazendo o cerco na casa da minha mãe. Foi então que ela decidiu voltar para Alagoas”, conta José Adenilton.
Em Alagoas, a família se instalou no município de Palmeira dos Índios. “Na época, eu trouxe na bagagem uma quantidade de cocaína. O tráfico ainda não havia se estabelecido no interior. Decidi, portanto, vender drogas na cidade. Aluguei uma casa, chamei uns amigos e passamos a traficar”, detalha.
Foi assim que ‘Itan’ ficou conhecido no mundo do crime, agora em Alagoas. “Acabei expandindo os ‘negócios’ para Arapiraca, Delmiro Gouveia e Santana do Ipanema. Compramos carros novos, motos, mas desperdiçávamos tudo em função da própria droga. É um universo de ilusão. Vivíamos uma realidade que não nos pertencia”, emenda.
O fundo do poço chegou quando o consumo da cocaína aumentou. “Eu tinha convulsões e alucinações. Enxergava fantasmas nas árvores, nos postes. Ouvia batidas na porta de casa e vivia assustado”, revelou.
A ajuda veio da comunidade acolhedora de dependentes químicos Divina Misericórdia, uma das 37 instituições mantidas pelo Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev), que coordena a Rede Acolhe.
“Os primeiros dias foram horríveis. Tive muitas alucinações, via bichos, perturbava os colegas, acordava de madrugada. Tinha muita gente ali para me ajudar. Então, pensava: vou morrer com vontade, mas não vou usar mais drogas. Eu me apeguei à espiritualidade e comecei a traçar novos caminhos”, destacou.
Aos poucos, José Adenilton foi reconstruindo a própria vida. Sua incrível história de superação passou a ser exemplo na comunidade acolhedora e fez com que ele se tornasse um conselheiro terapêutico. Há cinco anos, ele está longe das drogas e se dedica a resgatar pessoas da dependência química.
“Para todos que queiram se livrar das drogas eu digo: tenham força de vontade e deixem Deus tocar no coração de vocês. É importante também se afastar das más influências. O caminho é árduo, mas é possível”, concluiu.
A Rede Acolhe já ajudou mais de 20 mil pessoas a se livrarem da dependência química, de forma totalmente gratuita. Quem quiser mais informações sobre o acolhimento basta ligar para o call center da Seprev: 0800-280-9390.
Não demorou muito para usar outros entorpecentes, como a maconha e a cocaína. Foi mergulhado nas drogas que Itan entrou para o submundo do crime. Na juventude, na década de 1980, integrou uma das maiores facções criminosas do Brasil, a Falange Vermelha, que mais tarde se tornaria o Comando Vermelho.
Preso cinco vezes por assalto a bancos, roubo de carros e tráfico de drogas, o alagoano viu sua vida desmoronar ao ser constantemente procurado pela polícia. “O helicóptero da polícia vivia fazendo o cerco na casa da minha mãe. Foi então que ela decidiu voltar para Alagoas”, conta José Adenilton.
Em Alagoas, a família se instalou no município de Palmeira dos Índios. “Na época, eu trouxe na bagagem uma quantidade de cocaína. O tráfico ainda não havia se estabelecido no interior. Decidi, portanto, vender drogas na cidade. Aluguei uma casa, chamei uns amigos e passamos a traficar”, detalha.
Foi assim que ‘Itan’ ficou conhecido no mundo do crime, agora em Alagoas. “Acabei expandindo os ‘negócios’ para Arapiraca, Delmiro Gouveia e Santana do Ipanema. Compramos carros novos, motos, mas desperdiçávamos tudo em função da própria droga. É um universo de ilusão. Vivíamos uma realidade que não nos pertencia”, emenda.
O fundo do poço chegou quando o consumo da cocaína aumentou. “Eu tinha convulsões e alucinações. Enxergava fantasmas nas árvores, nos postes. Ouvia batidas na porta de casa e vivia assustado”, revelou.
A ajuda veio da comunidade acolhedora de dependentes químicos Divina Misericórdia, uma das 37 instituições mantidas pelo Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev), que coordena a Rede Acolhe.
“Os primeiros dias foram horríveis. Tive muitas alucinações, via bichos, perturbava os colegas, acordava de madrugada. Tinha muita gente ali para me ajudar. Então, pensava: vou morrer com vontade, mas não vou usar mais drogas. Eu me apeguei à espiritualidade e comecei a traçar novos caminhos”, destacou.
Aos poucos, José Adenilton foi reconstruindo a própria vida. Sua incrível história de superação passou a ser exemplo na comunidade acolhedora e fez com que ele se tornasse um conselheiro terapêutico. Há cinco anos, ele está longe das drogas e se dedica a resgatar pessoas da dependência química.
“Para todos que queiram se livrar das drogas eu digo: tenham força de vontade e deixem Deus tocar no coração de vocês. É importante também se afastar das más influências. O caminho é árduo, mas é possível”, concluiu.
A Rede Acolhe já ajudou mais de 20 mil pessoas a se livrarem da dependência química, de forma totalmente gratuita. Quem quiser mais informações sobre o acolhimento basta ligar para o call center da Seprev: 0800-280-9390.
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