Atriz nega preconceito contra o NE e diz: 'deturparam as palavras'

Por Gazetaweb 27/10/2016 07h07 - Atualizado em 27/10/2016 10h10
Por Gazetaweb 27/10/2016 07h07 Atualizado em 27/10/2016 10h10
Atriz nega preconceito contra o NE e diz: 'deturparam as palavras'
Foto: Divulgação
Por meio de sua conta na rede social Facebook, a atriz Alexia Dechamps negou que tenha proferido palavras preconceituosas e xenofóbicas contra os nordestinos durante uma sessão na Câmara Federal nessa quarta-feira (25), conforme denunciou o deputado federal por Alagoas Pedro Vilela (PSDB). A atriz disse que as suas declarações foram deturpadas em uma "postura oportunista de aproveitar-se de um falso embate com uma pessoa pública, atriz profissional, para conseguir mídia fácil e destacar-se diante de seu eleitorado".

Em sua postagem, a atriz colocou toda a sua carga de revolta contra o deputado Pedro Vilela, esclarecendo que repudia a atitude dele ao levantar a suposta falsa polêmica. Contudo, as palavras preconceituosas foram reforçadas por outras testemunhas que colocaram, inclusive em suas redes sociais, o repúdio contra a atriz. Na sessão da tarde desta quarta-feira na Assembleia Legislativa de Alagoas, deputados também criticaram Dechamps.

"Eu, Alexia Dechamps, repudio a atitude do deputado Pedro Vilela de atribuir a mim palavras desrespeitosas contra o povo nordestino durante audiência. Mais do que isso, abomino sua postura oportunista de aproveitar-se de um falso embate com para conseguir mídia fácil e destacar-se diante de seu eleitorado. O parlamentar, além de deturpar minhas palavras,me ofendeu, tentou humilhar e constranger, chegando a dirigir-se ao plenário da Câmara pedir que a Procuradoria da Casa me processe. Não sabe o Sr. deputado que não me curvo a ameaças, que o tempo de mulheres indefesas e submissas é passado e que antes que siga com sua infâmia eu o chamarei a prestar contas de suas palavras perante os tribunais", expressou.

Segunda a atriz, no intenso debate que acontecia entre os que defendiam a vaquejada como atividade econômica, geradora de empregos, e os que, como ela, afirmavam que nenhum trabalho pode se basear em maus tratos a animais indefesos, defendeu que o correto seria buscar alternativas econômicas para os vaqueiros que vivem da vaquejada. "Se é uma cultura regional, que se mude a cultura, da mesma forma que se deve abandonar a prática das touradas na Espanha. Nada, absolutamente nada, justifica a violência contra animais ou seres humanos", completou.

Segundo ela, à oportunidade, defendeu ainda que no Nordeste, de onde provinha a maior parte dos vaqueiros lá presentes, existem outras atividades como pesca, turismo e lavoura, além do Bolsa Família, que poderia amparar os mais necessitados. "Lembrei que a região é a que mais tem inscritos no programa do governo federal. Se o auxílio existe, sustentado pelos impostos que eu e todos os brasileiros pagamos, para socorrer pessoas sem renda suficiente, deve ser utilizado para casos extremos como o que discutíamos.

Por fim, ela disse que "a deturpação dos meus argumentos, como se vê, é vil. Espero que a exposição do caso sirva para desmascarar este tipo de ardil, mostrando aos eleitores do parlamentar quem ele realmente é, em lugar da imagem que gostaria de ver estampada nos jornais. A verdade costuma ser severa com quem manipula fatos e agride semelhantes para conquistar objetivos mesquinhos".